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quarta-feira, 9 de junho de 2021

"Qual é o papel da escola"?

A escola tem passado por várias alterações durante nosso desenvolvimento, vertentes conservadoras apoiam tendências da escola tradicional como a escola tecnicista que Segundo Matui (1988), a escola tecnicista desenvolve uma teoria de aprendizagem que torna o aluno como depositário passivo dos conhecimentos. Esta escola é, de certa forma, uma reedição da escola tradicional, diferenciando-se desta pela valorização das técnicas e dos modelos pré-estabelecidos. Além das contribuições teóricas do estruturalismo, ela não conseguiu superar os equívocos apresentados pela escola tradicional. Outra diferença a ser mencionada em relação à escola tradicional é que enquanto nesta o professor era o centro do processo de ensino e o aluno um mero espectador, na escola tecnicista, ambos, professor e aluno são componentes passivos do processo, pois o que tem real significado é o sistema e as técnicas em si. Para Saviani (2001) a escola tradicional foi instituída para combater a ignorância, não tendo cumprido seu papel. A escola nova veio substituir a tradicional, no afã de eliminar a rejeição, pois o aluno era um ser rejeitado e por esta razão ele não aprendia. Por sua vez, a escola tecnicista foi concebida visando erradicar a incompetência, sendo esta a razão da marginalidade social do aluno. Como nossa sociedade vive uma divisão político-partidário em todos os setores, a escola não seria deixada de fora, vejo que essas tendências conservadoras fazem que o desenvolvimento dos últimos anos feitos através de pensadores como Paulo Freire, Dermerval Saviani e Anísio Teixeira, trouxeram o construtivismo para dentro do processo escolar, ele vem para desconstruir esse centralismo do poder sistêmico que já foi utilizado como instrumento para formar mão de obra não-crítica, colocar indivíduos escolarizados para se tornarem empregados para ocuparem sempre os mesmos cargos e fazerem sempre as mesmas tarefas repetidas e repetidas vezes sem questionar ou pensar fora do padrão. Devemos buscar por uma escola independente, forte, onde o meio que ela está inserida, seus alunos e sua comunidade se fortaleça como rompedora de correntes, quebrando os padrões e pense fora da normalidade deixando seus alunos desenvolverem as suas melhores habilidades individuais, só assim teremos uma sociedade mais igualitária e estruturada. Essa escola é conhecida como pedagogia racionalista libertária em função da ênfase na defesa da razão como instrumento de autonomia, como expressão da capacidade crítica de cada indivíduo humano frente a superstição, a mentira e mitos (FERRER Y GUARDIA, 2014). Essa escola libertadora tem o maior papel na luta contra a desigualdade social tão crescente em nossa sociedade, só ela pode quebrar esse círculo vicioso onde a elite sempre se desenvolve através do suor da classe operaria. O alto investimento que as camadas médias e altas da população empregam nas instituições de ensino privado, facilitam sua abertura, representando um processo de mercantilização do sistema educacional, que encontra sua origem na desvalorização do sistema público e na monopolização de verbas do Estado por parte de uma elite, considerada "parceira" do governo na aplicação financeira de projetos educacionais de caráter estritamente privatistas (ANDES - SN, 2004). Este processo contribui para manter uma situação conveniente para a elite brasileira, que encontrou condições para criar espaços de Educação própria, distantes dos pobres, e capazes de manter o nível de "qualidade" exigido pelo mercado (PATTO, 1997). É essa escola no qual hoje é taxada de comunista sem o mínimo de embasamento por uma parte de nossa sociedade, que é apedrejada por muitos que dizem que nessa escola moderna existe uma distribuição de “kit gay”, mas que, na verdade, falta dinheiro até para merenda, essa merenda, que para muitos alunos, é a única forma de alimentação balanceada, é nela que devemos moldar nossos novos membros da sociedade para buscarmos uma estrutura mais justa e equilibrada, essas críticas e tentativas de regresso ao passado são medidas desesperadas de uma elite amedrontada por ver o filho da empregada doméstica elevar seu nível social através do estudo, do ingresso dele a universidade pública onde ainda temos uma “elite intelectual” que busca fomentar-lhes a busca pelo senso crítico de uma busca por qualidade de vida e a não subserviência ao tradicional. Por fim esse é o papel da escola atual, onde não tem como objetivo apenas no ensino e sim no indivíduo e sua comunidade ao redor, sendo um facilitador para a compreensão da sociedade como um todo, democratizador do acesso ao conhecimento, promoção da construção do ser crítico dentro dos alunos e uma ferramenta libertadora para que possamos desenvolver e conquistas nossos sonhos. REFERÊNCIAS ANDES - SN. A contra reforma do ensino superior: uma análise do ANDES - SN das principais iniciativas de Lula da Silva. Brasília, 2004. FERRER Y GUARDIA, F. A escola moderna. São Paulo: Biblioteca Terra Livre, 2014. MATUI, J. Construtivismo. São Paulo: Moderna, 1998. SAVIANI, D. Escola e Democracia. 36 ed. São Paulo; Cortez, 2001. PATTO, M. H. S. Por uma crítica da razão psicométrica. In Revista Psicologia. v8. São Paulo: EDUSP, 1997

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e os impactos na Educação Física escolar.

A Base Nacional Currículo Comum (BNCC) é um documento regulamentador desenvolvido pelo Ministério da Educação das aprendizagens essenciais para todos os estudantes das escolas brasileiras, tem como objetivo criar competências gerais para o desenvolvimento dos estudantes durante sua vida escolar. A BNCC não é um currículo mas um orientador curricular, os estados e municípios devem elaborar seus currículos a partir dos princípios pontos abordados nele, “Nesse sentido, espera-se que a BNCC ajude a superar a fragmentação das políticas educacionais, enseje o fortalecimento do regime de colaboração entre as três esferas de governo e seja balizadora da qualidade da educação” (BRASIL, 2017, p. 8). Nesse sentido a BNCC inclui a Educação Física dentro da área das linguagens, junto com o ensino da língua portuguesa, línguas estrangeiras e artes, as competências da Educação Física são divididas em, unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades, o documento tem grandes avanços como a questão colaborativa de seu desenvolvimento, mas tem grandes retrocessos como o foco com a preocupação da eficiência do ensino e a meu ver uma vertente tecnocrática onde formam “robôs” e não “seres pensantes”.

A Educação Física é o elemento curricular que tematiza as práticas corporais em suas diversas formas de codificação e significação social, entendidas como manifestações das possibilidades expressivas dos sujeitos, produzidas por diversos grupos sociais no decorrer da história. A proposta é que o aluno consiga pensar no significado social das práticas corporais, a origem histórica e na afinidade que elas têm com as relações humanas, além dos próprios movimentos a serem trabalhados em determinada prática, as expressões culturais também passam a ser objeto de conhecimento da Educação Física. A Educação Física, no contexto atual, quando inserida na área das Linguagens, tenta romper a visão biologicista que durante tanto tempo esteve enraizada, e traz a visão de um corpo que não nega o orgânico, mas que, mais do que nunca, valoriza a cultura na qual encontra-se inserido, trazendo a cultura de movimento como seu objeto de estudo. Mendes e Nóbrega (2009, p. 03). Essa visão tem tanto questões positivas quanto negativas. O foco da discussão deve ser o complexo processo professor – profissão – escola – conteúdo (RUFINO, DE Souza neto, 2016). Acho que o maior ponto negativo e o fator limitante do professor de Educação Física que tem como base de sua formação grande parte na área da saúde e ficará limitado, não podendo exercer o que foi desenvolvido na universidade, mas por outro lado tem oportunidade de integrar seus alunos em uma questão mais cultural e ampla, e uma questão complexa onde eu vejo que quem mais perde e o aluno, o professor de Educação Física tem um potencial de integrar os alunos nessas áreas ligando a parte lingüística e de comunicação corporal com a visão biologicista criando elementos facilitadores para o aprendizado dos alunos,.



REFERÊNCIAS



BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2020.



MENDES, Maria Isabel B. S.; NÓBREGA, Terezinha Petrúcia. Cultura De Movimento: Reflexões a partir da Relação entre Corpo, Natureza e Cultura. Pensar a Prática, Goiânia, v. 12, n. 2, ago. 2009. ISSN 1980-6183.



RUFINO, Luiz Gustavo Bonatto; DE SOUZA NETO, Samuel. Saberes docentes e formação de professores de Educação Física: análise da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) na perspectiva da profissionalização do ensino. Motrivivência, Florianópolis, v. 28, n. 48, p. 42-60, set. 2016. ISSN 2175-8042

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quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

METODOLOGIA DO ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA: Olhar amplo sobre a educação


Olhar amplo sobre a educação
         A escola deve ser entendida como espaço socializador e propício a inter-relações do humano, ou seja, ela é responsável por colaborar com a construção de um cidadão inserido em uma sociedade na qual todas as suas ações terão influências positivas ou negativas sobre ele mesmo ou com outro ser humano. A escola de antes era uma escola feita apenas para a elite da sociedade, hoje está sendo substituída por uma escola democrática, ou seja, para todos, e nessa nova escola temos também a nova sala de aula onde pessoas que estavam afastadas dos bancos escolares estão sendo acolhidas se reingressando nesse ambiente, pois esse formato faz com que o acesso chegue a todos.
        A nova sala de aula é deferente da de antes, onde haviam apenas professores autoritários que estavam ali para apenas depositar informações em seus alunos, o formato da nova sala de aula se baseia no diálogo, onde há o entendimento e respeito das diversidades e diferenças que existe na sala de aula.  Levando esse link a disciplina da educação física que hoje está inserida na área de linguagem tendo como seu objeto de estudo a cultura corporal, que engloba as danças, os jogos, as ginásticas, os esportes e as lutas, podemos perceber que esses conteúdos irão ter características próprias de cada região e cultura. Dessa forma deve se haver o respeito e diálogo, pois cada aluno irá trazer consigo um determinado conhecimento a respeito de algum conteúdo., assim os professores devemos mudar e transformar concepções que já estão formadas e transforma-los em cidadãos críticos e autônomos.
        Podemos notar que a camada da sociedade que esteve por muito tempo afastada da escola modificaram o ambiente escolar, dessa forma o ambiente necessita ser ressignificado e recompreendido, talvez parte daí o motivo pelo qual a escola não está dando conta trabalhar com seus alunos, pois pode estar havendo um conflito de ideias trazidas por esses novos grupos e aos que já estão inseridos na escola.
       Sendo assim há uma discussão sobre o otimismo escolar onde se entende que a escola tem a capacidade de erguer um país socialmente e economicamente, a escola é capaz de resolver todos os problemas. De uma certa forma a escola pode sim alancar um país, mas ela não é a única salvadora, ela não irá mudar a sociedade, mas também a sociedade não muda sem ela. Existem também ideias pessimista, onde é colocado que as escolas na sociedade capitalista são apenas manipuladas pelo estado, que a educação não tem sentido algum, pois a escola apenas reproduz a sociedade, sendo assim a sociedade nunca irá mudar.
       Ambas as ideias são contraditórias, visto que a escola não é a única capaz de salvar a humanidade, mas ela tem a capacidade de desenvolver caminhos para uma melhora, e também a escola não é apenas manipulada pelo estado, ela tem a capacidade de desenvolver suas próprias ideias em seu ambiente buscando formar cidadãos que sejam capazes de introduzir, integrar e reproduzir a cultura em que está inserido, a modificando e transformando.
       A escola é um ambiente onde deve haver diálogo, pois dentro dela irá haver diversidade e diferenças, e para entender o significado de cada tipo de cultura representa nesta escola somente através do diálogo que isso será possível. Para vencer esse desafio de conseguir que tal cultura seja entendi por outra há necessidade de um processo de compreensão e ressignificação de tal manifestação cultural. A escola tem esse papal de compartilhar esse entendimento dessa cultura, criando situações que há participação de todos, pois com a compreensão é alcançado o respeito e entendimento do valor que aquela manifestação tem para um grupo e para uma sociedade. Todas as identidades devem ser representadas na escolarização, pois não deve haver nenhum grupo que seja recriminada e visto como inferior.
      Dessa forma podemos concluir que durante o passar dos anos a escola foi reformulando, onde antes algumas manifestações eram excluídas e marginalizadas, hoje nos deparamos com esse novo formato curricular multicultural que não envolve apenas introduzir algumas práticas ou conteúdo, mas o questionamento e entendimento de diversas manifestações culturais que são trazidas de cada integrante da comunidade escolar. Não chagamos a uma escola perfeita, pois não é tão simples, mas sem mudanças não há transformação.

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Referências bibliográficas;

FREIRE, Paulo. A nova sala de aula. Por dentro da sala de aula: conversando sobre a prática”. São Paulo: Phorte, 2004.

NEIRA, Marcos Garcia. O trabalho docente e a sociedade. Por dentro da sala de aula: conversando sobre a prática”. São Paulo: Phorte, 2004.

MOREIRA, Antônio Flavio Barbosa; CANDAU, Vera Maria. Educação escolar e cultura(s): construindo caminhos. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro 2003. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n23/n23a11.pdf> Acesso em: 17  de novembro de 2019.



SABERES DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR


1) Com base no texto “Sobre a natureza e especificidade da educação”,de Dermeval Saviani, responda:
a) Quais tarefas a Pedagogia Histórico-Crítica se propõe em relação à educação escolar? (valor: 05 pontos)
Uma democratização do conhecimento e do aprendizado, assim, os menos favorecidos socialmente têm acesso aos mesmos saberes que serão administrados às camadas privilegiadas da sociedade, eles não são excluídos, a pretexto de ter sua cultura respeitada pelas demais classes sociais.

b) Qual o conceito de “clássico” apresentado pelo autor e como ele o relaciona ao saber escolar? (valor: 05 pontos)
O autor enfatiza a diferença entre pedagogia clássica da metodologia tradicional de ensino e também se afasta do moderno, para o autor o clássico é o essencial, onde se constrói um critério útil para a seleção dos conteúdos a serem trabalhados pedagogicamente.
c) Para o autor, por que o automatismo é condição da liberdade?(valor: 05 pontos)
Na visão do autor não é possível ser criativo sem dominar determinados mecanismos, isso ocorre em diferentes níveis de aprendizagem, para o autor você precisa dominar uma tarefa para automatizar ela e quando você obtém um nível de auto de automatização dessa tarefa você domina aquela tarefa ganhando condições de se exercer, com liberdade aquela tarefa
2) Com base no texto “O contexto da Educação Física Escolar”, de Suraya Darido, responda:
a) Quais são as características específicas da metodologia Crítico-Superadora defendidas pelo Coletivo de Autores (1992) e o que elas significam? (valor: 05 pontos)
Tem como base o marxismo e o neomarxismo, aposta na justiça social como ponto de apoio,  levando os debates e questões de desigualdade e valorização para a escola, suas características específicas de acordo com o Coletivo de Autores(1992) Ela é diagnostica porque pretende ler os dados da realidade, interpretá-los e emitir um juízo de valor. Este juízo é dependente da perspectiva de quem julga. É judicativa porque julga os elementos da sociedade a partir de uma ética que representa os interesses de uma determinada classe social. Esta pedagogia é também considerada teleológica, pois busca uma direção, dependendo da perspectiva de classe de quem reflete.
b) Como se dá a seleção dos conteúdos e a organização do currículo na metodologia Crítico-Superadora? (valor: 05 pontos)
Os Conteúdos devem ter relevância social, contemporaneidade e serem adequadas as características sócio-cognitivas dos alunos já a organização do currículo ressalta que é preciso fazer com que o aluno confronte os conhecimentos do senso comum com o conhecimento científico, para ampliar o seu acervo de conhecimento. Deve, também, evitar o ensino por etapas e adotar a simultaneidade na transmissão dos conteúdos, ou seja, os mesmos conteúdos devem ser trabalhados de maneira mais aprofundada ao longo das séries, sem a visão de pré-requisitos. Nas palavras dos autores, a Educação Física é entendida como uma disciplina que trata de um tipo de conhecimento denominado de cultura corporal, que tem como temas o jogo, a ginástica, o esporte e a capoeira

EXERCÍCIOS PARA ESTUDOS DE ARTES MARCIAIS E LUTAS

EXERCÍCIOS PARA ESTUDOS DE ARTES MARCIAIS E LUTAS
OBS: Exercício em substituição a aula presencial, fazer o exercício valendo 20 pontos.
1)    Faça uma pesquisa para definir as diferenças entre Artes Marciais e Lutas.
As vezes artes marciais e lutas são tratados como sinônimos, mas o conceito de luta, neste contexto, significa um jogo cujo alvo é o próprio adversário, diferentemente do futebol, rúgbi, basquete ou qualquer outro esporte cujo alvo é um gol, uma bola ou qualquer outro objeto extrínseco ao oponente. Logo, quando nos referimos à luta, invariavelmente devemos pensar em uma prática que envolve oposição direta.
A palavra “marcial” é oriunda do Deus da guerra, Marte, portanto, “arte marcial” possui o sentido de “arte da guerra”. Sendo assim, são consideradas artes marciais aquelas modalidades cuja criação tem uma finalidade bélica. Naturalmente, com a criação das armas de fogo, o uso de sistemas de luta corporal na guerra foi se tornando cada vez mais obsoleto, porém, estas modalidades ainda são chamadas de artes marciais.
2)    Cite três exemplos de Jogos Competitivos de Combate que podemos elaborar em uma aula de educação física como atividade de Artes Marciais e Lutas.
Mini Sumo
Material necessário: Placas de Tatame, arco (bambolê), corda, giz, elástico.
Execução: Dentro de área determinada, posição agachada (canguru), deve-se tentar desequilibrar o adversário ou movê-lo para fora da área.



(em posição de cócoras, tentado tirar o colega de dentro do círculo)
Quero sair
Material necessário: Placas de Tatame, arco (bambolê), corda, giz, elástico.
Execução: Utilizando-se de uma pequena área determinada, o objetivo de um dos praticantes é sair da área demarcada, enquanto o outro procura impedi-lo.
(mantendo o colega dentro do círculo)
 Pé com Pé
Material necessário: Placas de tatames
Execução: Alunos sentados no chão com os pés unidos.
Objetivo: Fazer com que seu colega toque com as costas ou com as mãos no chão.



3)    Complete a afirmativa:- Os PCN’s afirmam ainda que as lutas são disputas em que o(s) oponente(s) deve(m) ser subjugados, com técnicas e estratégias de_desiquilibrio_____________________,________imobilização  ou ___exclusão__________________ de um determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa.
4)     Cite um exemplo para uma luta de longa, de média e de curta distância.
 Nas lutas de longa distância os competidores manuseiam algum objeto durante o combate, como espadas. Podemos citar como exemplo a Esgrima, o Kendo e o Kung Fu
 Na distância média, as lutas são de percussão, cujo objetivo da modalidade é tocar o adversário para conseguir pontos e vencer o combate. Exemplos de lutas de percussão: Boxe, Taekwondo, Caratê, MuayThai. 
As lutas de distância curta são as de domínio, cujo objetivo dessa modalidade é agarrar ou puxar, derrubar ou imobilizar o adversário para vencer o combate, podemos citar o Judô, Jiu Jitsu e Sumo como exemplo.
5)     Defina os significados de: Taiso,Ukemi – waza,Uchikomi,Randori  e Shiai.
Taiso são exercícios de aquecimento;;
Ukemi – waza são Técnicas de amortecimento de queda (rolamentos);
Uchikomi são projeções livres com movimentação. Treinamento com muita movimentação  e projeção sem defesa ou disputa de pegada;
Randori seria treino livre, "simula" ou reproduz o "Shiai"(competição), pelo qual a aplicação das técnicas é praticada contra um parceiro, atacando e defendendo, a diferença básica é que ocorre de forma mais "solta" mais "livre" que nas competições propriamente ditas.
Shiai Competição. Exige muita habilidade técnica, tática, preparação física e mental. Atualmente as competições de alto nível envolvem a participação de diversos profissionais, não somente mais de um "Sensei", entre eles: preparador físico (geralmente especialista em fisiologia do exercício e/ou treinamento esportivo) nutricionista, fisioterapeutas, psicólogos, entre outros. As técnicas já dominadas no randori devem ser aplicadas sob um determinado conjunto de regras, sujeitas à pontuações que devem ser avaliadas por três árbitros (um central    mais   dois laterais).
6)     Cite três técnicas de Ukemi –waza.
Ushiro-ukemi – queda para trás;
Mae-ukemi – queda para frente;
Yoko-ukemi – queda lateral, para esquerda ou direita (migui e hidari);
7)     Elabore um resumo de no máximo 20 linhas sobre a história do Jigoro Kano e suas definições do Judô.
Nascido em 28 de outubro de 1860, em Mikage, Jigoro Kano é o terceiro filho de Jirosaku Mareshiba Kano, apesar de sua personalidade forte, possuía físico franzino, medindo 1,50 metros de estatura e pesando 48kg, o que dificultava o seu ingresso na maioria dos esportes. Mesmo quando tentou se tornar mais forte aos 16 anos de idade praticando alguns esportes como ginástica, remo e basebol, não obteve sucesso.  No ano de 1871 com 11 anos de idade foi estudar inglês em Tóquio, onde alguns anos mais tarde tornou-se professor e tradutor dessa língua, chegou até a montar sua própria escola em Tóquio chamada Kobukan (escola de inglês). Jigoro sendo um legítimo filho de Samurai decidiu estudar o Jiu-jitsu. Com o professor Teinosuke Yagi. Em 1877, matriculou-se na Tenjin Shin'yō-ryū, sendo discípulo do mestre Hachinosuke Fukuda. Em 1879, com a idade de 82 anos, Fukuda morreu e Kano teve como seu mestre o Masatomo Iso, um sexagenário que possuía os segredos de uma escola derivando igualmente do Tenjin Shin'yō-ryū. Em 1882, Jigoro Kano inaugura sua primeira escola a Kodokan (Instituto do Caminho da Fraternidade). O seu primeiro aluno inscreveu-se em 05 de junho de 1882, chamava-se Tomita. Depois vieram Higushi, Arima, Nakajima, Matsuoka, Amano Kai e o famoso Shiro Saigo (Sugata Sanshiro). Com idades entre 15 e 18 anos.

Os princípios que inspiraram Jigoro Kano à idealização do judô foram:
  • Princípio da máxima eficiência com o mínimo de esforço (seiryoku zen’yo)
  • Princípio da prosperidade e benefícios mútuos (jita kyoei)
  • Princípio da suavidade, ou seja, o melhor uso de energia (ju)

8)     No Judô os golpes existem três momentos distintos. Quais são eles?
1º Kuzushi (desequilíbrio)
2º Tsukuri (encaixe)
3º Kake (finalização)

9)    Qual o significado da palavra Karate na língua japonesa?
Karate é uma palavra japonesa que significa “mãos vazias”. Consiste em uma arte marcial japonesa e um método de ataque e defesa pessoal que inclui diversas técnicas executadas com as mãos desarmadas.
10) Qual a importância do Mestre GichinFunakoshi e seus ideais filosóficos para a modernização do Karatê?
O praticante de karatê, segundo o Mestre Funakoshi, deve manter a mente distante do    egoísmo e da maldade, devendo buscar a pureza de pensamentos, porém, deve estar em alerta para reagir adequadamente a tudo que encontrar pela frente.
11) Descreva uma técnica de chute, soco e de defesa de Karatê.
Mikazuki Geri(Chute circular em formato de lua crescente)
Este golpe é dado com a planta do pé ao peito do adversário. Fique de perfil em Shiko dachi. O pé de apoio gira um quarto de volta batendo no alvo. Tocar o bordo interno do arco plantar, artelhos para cima. Repousar o pé para frente fazendo um giro de quarto de volta sobre o pé de apoio ficando em Shiko dachi sempre de perfil em relação ao adversário. Este é um golpe muito poderoso. É preciso muito cuidado e orientação ao treinar com um companheiro, onde a confiança é adquirida a cada treino.
HAITO UCHI (Golpe mão de sabre)
Técnica rápida. Fazendo uma ação contrária dos braços batemos. Continuando, tiramos a mão da frente, levando-a ao quadril e formando a mão fechada, desdobramos o outro antebraço em torno do cotovelo, com uma rotação do punho. Vencer rapidamente, é o objetivo no karatê. Logo o golpe deve ser certo e não mais que um.
AGE UKE
O braço que executa a defesa estando recuado deve ser direcionado em direção ao rosto,  cruzando com o outro braço( hikite) na altura do peito e no final do movimento deve se aplicar o giro do pulso, para repelir o ataque( conforme imagem abaixo).   Apesar de ser normal no início que esse movimento seja feito com quadril de frente, deve ser aplicado com o quadril de lado, para que todo o corpo participe do golpe, dando força a defesa. 

12) Defina qual estilo foi fundado pelo mestre Gichin Funakoshi e quais são suas características.
Shotokan  é o estilo criado pelo “Pai do Karatê”, Gichin Funakoshi. Caracteriza-se por bases fortes e golpes no corpo inteiro. Os giros sobre o calcanhar em posição baixa dão fluidez ao deslocamento e todo o movimento começa com uma defesa. Quando a técnica de um soco é completamente dominada por quem pratica esta técnica de karatê, o seu poder é incrivelmente poderoso chegando a ser sobre-humano.
O significado de Shotokan: “Shoto” era como Funakoshi assinava seus poemas, significando “pinheiros ondulados ao vento” e “kan” significa escola.
13)Segundo a CBJJ,2010,apud RUFINO e MARTINS,2011  onde nasceu o Jiu-jitsu de acordo com o relatos dos autores?
O jiu jitsu nasceu na Índia, sendo praticado por monges budistas há mais de três mil anos a.C. Esses monges precisavam fazer longas viagens a pé e eram constantemente saqueados e roubados e, por ser contra os princípios da religião budista da qual eles faziam parte, eles não podiam possuir armas, muito menos utilizarem-se da violência para se defenderem. Por isso, eles desenvolveram uma forma de lutar na qual se baseava na defesa pessoal, não opondo resistência aos oponentes e sim usando a própria força dos oponentes contra eles mesmos.
14) Quais são as semelhanças entre uma aula de Jiu-jitsu e Judô?
As duas lutas são de distância curta, são as de domínio, cujo objetivo dessa modalidade é agarrar ou puxar, derrubar ou imobilizar o adversário para vencer o combate.
15) Quais são as diferenças principais entre uma aula de Jiu-jitsu e Judô?
Os golpes do Judô são voltados para buscar o ippon, que dá a vitória na luta. Por isso, os golpes são focados em projeções, para lançar o adversário ao chão, de preferência com os dois ombros tocando o chão, para garantir a vitória. No chão, as finalizações permitidas são apenas o estrangulamento e a chave de braço, além das imobilizações.
Já os golpes do Jiu-Jitsu têm como principal foco a imobilização e o estrangulamento, para finalizar o oponente. Apesar de começar em pé, como no judô, o jiu-jitsu é mais desenvolvido no chão, e permite mais golpes de imobilização e estrangulamento, o que gera mais finalizações.

16) Cite e explique três técnicas básicas do JiuJitsu e três golpes de finalização.
17) A capoeira é africana ou brasileira? Defina qual origem a capoeira é entendida no decorrer de sua evolução.
A capoeira nasceu no Brasil, onde devemos considerar as culturas e hábitos dos povos negros e indígenas da região. Já que a origem da palavra é Tupi-guarani a capoeira pode ter surgido através da integração destes povos. A capoeira é uma luta genuinamente brasileira, muito embora ainda exista pessoas que não valorizam o que é seu como diz o ditado: "Santo de casa não faz milagre", e com isso insistem em querer importar a capoeira, ela é luta brasileira criada pelos escravos nascidos no Brasil se ela fosse Afro-Brasileira, como dizem, então porque em outros países nunca existiu capoeira se o Brasil foi o últimos país a aderir à importação de escravos, como também um dos últimos a decretar a abolição.
A própria história conta que a capoeira surgiu pela ânsia de liberdade de um povo sofrido e que os escravos usavam golpes de capoeira para se defender e abater o seu opressor, isso é o que? É dança?... Não, isso é luta meu irmão!

18) Qual contribuição Mestre Bimba teve com a prática da Capoeira em 1937?
Em 1932, Mestre Bimba abre a primeira academia especializada em capoeira, no Bairro Engenho Velho de Brotas. Somente em 1937 obteve, na Secretaria de Educação, Saúde e Assistência pública, o registro de diretor de curso de Educação Física, que estrategicamente o levou a redefinir o seu local de treinamento como Centro de Cultura Física Regional, inserindo então a Capoeira Regional no campo do esporte. Cabe salientar que, oficialmente, foi a primeira academia de capoeira a ter seu alvará de funcionamento, datado de 23 de junho de 1937. Nesse mesmo ano, fez a primeira apresentação do seu trabalho para o interventor general Juraci Magalhães, onde estiveram presentes autoridades civis e militares, entre outros convidados ilustres
19) Quais as diferenças entre a capoeira Regional (de Bimba) para a capoeira tradicional, Angola(de Pastinha)?
A capoeira Angola, diferencia-se da luta regional baiana de Mestre Bimba por possuir maior ênfase em características como o jogo, a brincadeira e a busca pela ancestralidade, possuindo em regra movimentos mais lentos, rasteiros e lúdicos
20) Monte um plano bimestral com 8 aulas de capoeira para uma turma de ensino médio.

  •         Primeira Aula
   Objetivos;
– Conhecer e valorizar diferentes manifestações da cultura corporal.
– Adotar postura não preconceituosa ou discriminatória de qualquer natureza.
– Reconhecer a capoeira como forma de expressão da cultura corporal Brasileira.
Duração; 50 min

Apresentando a Capoeira
Comece a aula com a apresentação de alguns vídeos que mostram a prática corporal da luta Capoeira.  Após a apresentação dos vídeos, reunir os alunos para uma roda de conversa sobre diversos aspectos observados na prática da Capoeira: origem e história da Capoeira, conceitos e habilidades motoras da luta, principais instrumentos, roupas, entre outros. Destaque a importância da Capoeira como meio de expressão da cultura corporal e que esta é a única luta tipicamente Brasileira.
Ao final da aula pedir aos alunos para pesquisarem e trazerem materiais relacionados com capoeira para que na próxima aula seja confeccionado um painel.
  •         Segunda Aula
Objetivo;
- Valorizar manifestações culturais e artísticas;
-Vivenciar, reconhecer e reconstruir a prática corporal da capoeira.
Duração; 50 min
Iniciar a aula com um bate-papo a respeito dos materiais encontradas. Após conversar pedir aos alunos que se dividem em 3 grupos. Com base nas informações anteriores, elaborar materiais para exposição dentro da escola: Cada grupo montará seu painel, e ao final cada grupo deverá apresentá-lo.
  •         Terceira Aula
Objetivo;
-Vivenciar a musicalidade existente na capoeira.
-Reconhecer uma prática que pode ser utilizada no tempo livre
Duração 50 minutos
Organizar a turma em duplas e ensinar a ginga, deixar que eles pratiquem enquanto o professor passa pelas duplas corrigindo o movimento. 
O primeiro movimento a ser ensinado será o AU: pode ser usado na Capoeira para entrar na roda e também como uma forma rápida de fugir ou enganar o "adversário", o movimento se assemelha a estrelinha (brincadeira de criança)
Em seguida a Benção: Trata-se de um pontapé frontal, que consiste num movimento de força que pode surpreender o oponente. O Capoeirista levanta a joelho, deixando o adversário sem a certeza se este irá fazer a Benção, o Martelo ou qualquer outro pontapé frontal com o mesmo tipo de movimento.
Por último, a Meia lua de frente: A partir da Ginga levanta-se a perna de trás e roda-se numa trajetória correspondente a semicírculo. É necessário que, no movimento, não se perca a orientação. Para melhor equilíbrio, empurram-se os braços em sentido contrário.  

  •         Quarta Aula
Objetivo; desenvolver a iniciação da ginga
- Desenvolver ritmicidade e resolução de problemas.
- Interagir, dentro do ambiente escolar, adotando atitudes de respeito, na tentativa de superar inibições e/ou atitudes de preconceito/discriminação.
Fazer a atividade de pegar o pé, onde um da dupla tenta pegar o pé e o outro foge, depois troca- se quem pega e quem tenta escapar, por último os dois tentam pegar o pé simultaneamente.  Este exercício força os alunos a fazerem a flexão dos joelhos, ajudando assim na execução da ginga. Mostrar como se faz o aú e o rolê e pedir para que os alunos também tentem, pois serão   as duas formas de entrada na roda que trabalharemos.
Ao final: sentar em círculo, já na posição que se fica durante uma roda de Capoeira, conversar sobre a aula, o que sentiram dificuldade, como poderíamos melhorar e o que esperam para a próxima aula. 
  •         Quinta Aula
OBJETIVO: -Vivenciar a ginga, a bênção e meia-lua-de-frente. Conhecer/discutir/refletir sobre o que é a capoeira.
DURAÇÃO: 50 min
- Divida os alunos em duplas. Cada dupla terá um giz nas mãos e irão desenhar, cada um o triângulo do outro, no chão. Cada ponto da base deste triângulo deve ser desenhado onde os pés estiverem na posição de base da ginga: o primeiro aluno fica de pé, com as pernas um pouco afastadas e o outro irá fazer um pequeno círculo em volta de cada um dos pés do primeiro. Em seguida o professor solicita que este aluno desloque uma de suas pernas para trás e tente permanecer em equilíbrio nesta posição. O segundo aluno irá desenhar o terceiro ponto que formará o triângulo. Após todos os alunos terem seus triângulos desenhados o professor ensina a dinâmica da ginga.
Mostre as figuras da ginga, da bênção e da meia lua de frente. Solicite aos alunos que realizem estes movimentos da maneira que estão percebendo.
Bênção. Faça com os alunos um varal com folhas de rascunho penduradas na altura da cintura. Solicite que, se deslocam lateralmente e tentem, da base da ginga, empurrar as folhas com o pé (chute frontal, pé flexionado). A perna é estendida totalmente, empurrando as folhas.  
Meia-lua-de-frente. peça aos alunos que imaginem desenhar uma meia lua, a sua frente, com a perna que está atrás, vindo para frente e retornando. Agora dificulte um pouco solicitando que ginguem e realizem a meia-lua-de-frente, para os dois lados.
Faça uma brincadeira de pega-pega, na qual para não serem pegos, eles deverão realizar um dos três movimentos aprendidos.
Discuta com os alunos sobre tudo o que foi visto e discutido na aula.
Pergunte se acham que o que realizaram na aula faz parte da capoeira; suas opiniões sobre a capoeira ser luta, jogo, brincadeira, etc; explique os motivos pelos quais a capoeira comporta estas definições.

  •         Sexta Aula
OBJETIVO: Vivenciar o rabo-de-arraia, esquiva, rolê e negativa. Discutir/refletir sobre os cânticos da capoeira.
DURAÇÃO: 50 min
- Vivências: Utilize uma corda grande. Inicie com a brincadeira do relógio, girando a corda e todos devem livrar-se dela com diferentes movimentos de capoeira. Em seguida estique a corda e solicite aos alunos que passem por ela de diversas maneiras.  Sugestões: Somente por cima fazendo bananeira, aú, e os golpes já aprendidos aproveitando para que relembrem de todos os fundamentos. Varie as alturas. Somente por baixo: gingando; vá abaixando a corda. Gingando até chegar na corda, de lado para ela. Para ultrapassá-la deverão se abaixar de lado passando a coluna para o outro lado e desta forma já estarão realizando a esquiva lateral. Da mesma forma vá abaixando e sugerindo que passem para o outro lado com uma das mãos no chão e a outra protegendo o rosto, sem tocar na corda (início do rolê e negativa).
Alunos em dupla. Aluno A, irá desferir somente a meia-lua-de-frente e o aluno B deverá esquivar-se como passou pela corda.
Negativa e rolê: Dinâmica do morto-vivo. Alunos gingando, espalhados pela sala. Utilize um aparelho de som. Ao parar a música deverão colocar uma das mãos no chão descendo na posição de base da ginga (negativa) como fizeram na corda. Este é o movimento “1”. Logo após faça o mesmo para a posição “2”: partindo da posição 1 irão, abaixados, girar o corpo para o lado da mão que está no chão fazendo um rolê. Em seguida eles deverão ficar atentos ao movimento que o professor irá solicitar. Para variar e desafiar ainda mais, o professor pode trocar: quando falar o número 1 terão que realizar o número 2 e vice-versa.
 Rabo-de-arraia. Divida o movimento em duas fases: inicialmente saindo da base da ginga, com a perna esquerda à frente, os alunos levarão esta perna para a lateral direita do corpo e as duas mãos ao chão. Repita algumas vezes. Em seguida passe para a fase 2: os alunos irão realizar o movimento da fase 1 e passar a perna direita, desenhando um semicírculo no ar até voltar para a posição inicial da ginga.
Pergunte se alguém conhece alguma música de capoeira, se quer cantá-la. Leve cd’s com diferentes músicas da capoeira. Escolha duas mais fáceis, os cantos corridos; leve a letra e cante com eles procurando acompanhar com as palmas. 

  •         Sétima Aula
DURAÇÃO: 50 min
OBJETIVO: Vivenciar a queixada. Discutir/refletir sobre o jogo (cooperativo) de capoeira.
- Roda de conversa: Converse com os alunos sobre o jogo da capoeira, se já viram, se há o toque entre os jogadores; questione-os sobre lealdade, respeito mútuo, cooperação. Demonstre vídeos de jogos de capoeira leais, nos quais os capoeiristas se respeitam, brincam e jogam cooperativamente.
- Vivências: Utilize as garrafas pet trazidas por eles (você também deve levar para o caso de ninguém se lembrar de levá-las). Os alunos deverão amarrá-las, pela boca, com um cordão grande e pendurá-las no teto, enfileiradas. Assim elas se tornarão alvos e todos devem ir passando por elas e fazendo um movimento da capoeira tendo as garrafas penduradas como referência. Procure ir variando as direções, alturas e movimentos.
- Queixada: Demonstre a figura da queixada para facilitar seu ensino. Divida a aplicação pedagógica da queixada em 3 fases: Inicie a queixada a partir da posição de base da ginga e ensine somente o movimento inicial dela: a perna da frente se desloca para a frente da outra perna. Repita. Em seguida solicite que acrescentem o movimento da perna de trás: ela avança para frente. Repita. Em seguida o terceiro passo: a perna da frente retorna para trás fazendo um movimento circular.
- Agora em duplas, todos ao mesmo tempo, ao som da música, o aluno A irá somente desferir os golpes e outros movimentos, e o aluno B irá somente esquivar. Depois trocam de função. Em seguida irão jogar capoeira, ou seja, os dois, ao mesmo tempo, vão desferir os golpes e esquivar de acordo com o movimento do outro.
- Solicite aos alunos que se unam em pequenos grupos. Nos grupos irão montar uma pequena sequência que contenha todos os movimentos que já aprenderam. Logo após, cada grupo apresentará sua sequência para a turma e todos deverão realizá-la.
Discussão: como foi trabalhar em grupo? Houve cooperação? O que preferem? Por quê? Quais as vantagens de se trabalhar em grupo? Sabemos dividir?
A cooperação no jogo da capoeira: para jogar capoeira um precisa do outro, ou seja, irão jogar “com”, e não “contra” o outro. Conscientize-o de que ele pode apenas demonstrar seus golpes, em direção ao seu colega sem atingi-lo, controlando seus movimentos por isso o toque na capoeira não é predominante. 
  •         Oitava Aula
DURAÇÃO: 50 min
OBJETIVO: Vivenciar o jogo de capoeira e seus estilos. Discutir/refletir sobre os rituais/regras da roda de capoeira e vivenciá-la. Vertentes de capoeira: angola, regional e contemporânea.
- Vivências: utilizando-se de cd’s demonstre aos alunos os 3 ritmos citados e solicite que se movimentam de acordo com o ritmo tocado e discuta as diferenças do ritmo e o tipo de jogo.
- Todos em duplas jogando são bento pequeno que é um jogo mais recreativo, solto, de ritmo médio. Um ou mais alunos irão tirando um da dupla e jogam com quem ficou, até que todos joguem com todos. Essa é a “compra” do jogo que no final será realizado na roda.
- Faça uma grande roda e vá problematizando com os alunos os rituais básicos da roda de capoeira: início e término do jogo, a compra, o berimbau.
O jogo começa com os alunos abaixados no “pé do berimbau”, pois este é a referência da roda, mesmo que seja imaginário. Não podem iniciar o jogo de outro lugar da roda. Eles devem se cumprimentar e sair em aú (o mais comum), mas também podem fazer uma negativa/rolê, bananeira, dentre outros. Todos devem responder ao coro, bater palmas e tocar os instrumentos. Solicite que realizem os sons dos instrumentos imaginários e troquem sempre as funções, vivenciando todos os momentos da roda. A compra do jogo, ou seja, quando um capoeirista quer jogar com um dos dois que já estão na roda jogando capoeira, ele pede permissão ao mestre ou, na falta deste, ao mais graduado que está comandando a roda (na escola será o professor) para entrar e tirar um dos dois. Este pedido é realizado com gestos, com a linguagem corporal, sem a menção de palavras. Depois de permitido o capoeirista entra na roda, sempre saindo do pé do berimbau, pelo lado direito, e de preferência encosta uma de suas mãos nas costas de quem ele quer que saia. Pode ainda entrar por entre os dois (atento ao momento certo para não ser atingido), fazendo um movimento de esquiva e com um dos braços estendidos, de frente para aquele com quem ele quer jogar.
Para finalizar o jogo, o capoeirista faz um sinal de término com as mãos, cruzando os punhos, ou apenas dando uma das mãos ao outro, cumprimentando-o. Todo jogo deve terminar com um aperto de mãos entre os capoeiristas em sinal de respeito e agradecimento pelo jogo realizado. Após este cumprimento eles devem sair andando de costas, sempre de frente para o centro da roda para evitar qualquer acidente.
Discussão: ética; solidariedade – trocar de lugar com quem está tocando os instrumentos, mesmo imaginários, para que estes possam jogar. Provoque a reflexão e que exponham suas opiniões sobre o fato de se cumprimentarem ao entrar e sair da roda.
- Relembre juntamente com os alunos tudo o que foi aprendido e vivenciado e faça uma avaliação em conjunto com todos sobre os aprendizados, pontos positivos e negativos.

Referências Bibliográfica;
MUNHOZ, Marcela. Lutar é diferente de brigar. Disponível em: http://www.dgabc.com.br/Noticia/211556/lutar-e-diferente-de-brigar. Acesso em 18 de novembro de 2019.
BARREIRA, Cristiano. A briga desumaniza. A luta, não. Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-briga-desumaniza-a-luta-nao,598499,0.htm. Acesso em 18 de novembro de 2019.
BRITTO, Rafael. Shodo: karatê shotokan. Disponível em: http://karateshodo.com.br/site/sites/default/files/Apostila%20B%C3%A1sica.pdf. Acesso em 18 de novembro de 2013.