quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

EXERCÍCIOS PARA ESTUDOS DE ARTES MARCIAIS E LUTAS

EXERCÍCIOS PARA ESTUDOS DE ARTES MARCIAIS E LUTAS
OBS: Exercício em substituição a aula presencial, fazer o exercício valendo 20 pontos.
1)    Faça uma pesquisa para definir as diferenças entre Artes Marciais e Lutas.
As vezes artes marciais e lutas são tratados como sinônimos, mas o conceito de luta, neste contexto, significa um jogo cujo alvo é o próprio adversário, diferentemente do futebol, rúgbi, basquete ou qualquer outro esporte cujo alvo é um gol, uma bola ou qualquer outro objeto extrínseco ao oponente. Logo, quando nos referimos à luta, invariavelmente devemos pensar em uma prática que envolve oposição direta.
A palavra “marcial” é oriunda do Deus da guerra, Marte, portanto, “arte marcial” possui o sentido de “arte da guerra”. Sendo assim, são consideradas artes marciais aquelas modalidades cuja criação tem uma finalidade bélica. Naturalmente, com a criação das armas de fogo, o uso de sistemas de luta corporal na guerra foi se tornando cada vez mais obsoleto, porém, estas modalidades ainda são chamadas de artes marciais.
2)    Cite três exemplos de Jogos Competitivos de Combate que podemos elaborar em uma aula de educação física como atividade de Artes Marciais e Lutas.
Mini Sumo
Material necessário: Placas de Tatame, arco (bambolê), corda, giz, elástico.
Execução: Dentro de área determinada, posição agachada (canguru), deve-se tentar desequilibrar o adversário ou movê-lo para fora da área.



(em posição de cócoras, tentado tirar o colega de dentro do círculo)
Quero sair
Material necessário: Placas de Tatame, arco (bambolê), corda, giz, elástico.
Execução: Utilizando-se de uma pequena área determinada, o objetivo de um dos praticantes é sair da área demarcada, enquanto o outro procura impedi-lo.
(mantendo o colega dentro do círculo)
 Pé com Pé
Material necessário: Placas de tatames
Execução: Alunos sentados no chão com os pés unidos.
Objetivo: Fazer com que seu colega toque com as costas ou com as mãos no chão.



3)    Complete a afirmativa:- Os PCN’s afirmam ainda que as lutas são disputas em que o(s) oponente(s) deve(m) ser subjugados, com técnicas e estratégias de_desiquilibrio_____________________,________imobilização  ou ___exclusão__________________ de um determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa.
4)     Cite um exemplo para uma luta de longa, de média e de curta distância.
 Nas lutas de longa distância os competidores manuseiam algum objeto durante o combate, como espadas. Podemos citar como exemplo a Esgrima, o Kendo e o Kung Fu
 Na distância média, as lutas são de percussão, cujo objetivo da modalidade é tocar o adversário para conseguir pontos e vencer o combate. Exemplos de lutas de percussão: Boxe, Taekwondo, Caratê, MuayThai. 
As lutas de distância curta são as de domínio, cujo objetivo dessa modalidade é agarrar ou puxar, derrubar ou imobilizar o adversário para vencer o combate, podemos citar o Judô, Jiu Jitsu e Sumo como exemplo.
5)     Defina os significados de: Taiso,Ukemi – waza,Uchikomi,Randori  e Shiai.
Taiso são exercícios de aquecimento;;
Ukemi – waza são Técnicas de amortecimento de queda (rolamentos);
Uchikomi são projeções livres com movimentação. Treinamento com muita movimentação  e projeção sem defesa ou disputa de pegada;
Randori seria treino livre, "simula" ou reproduz o "Shiai"(competição), pelo qual a aplicação das técnicas é praticada contra um parceiro, atacando e defendendo, a diferença básica é que ocorre de forma mais "solta" mais "livre" que nas competições propriamente ditas.
Shiai Competição. Exige muita habilidade técnica, tática, preparação física e mental. Atualmente as competições de alto nível envolvem a participação de diversos profissionais, não somente mais de um "Sensei", entre eles: preparador físico (geralmente especialista em fisiologia do exercício e/ou treinamento esportivo) nutricionista, fisioterapeutas, psicólogos, entre outros. As técnicas já dominadas no randori devem ser aplicadas sob um determinado conjunto de regras, sujeitas à pontuações que devem ser avaliadas por três árbitros (um central    mais   dois laterais).
6)     Cite três técnicas de Ukemi –waza.
Ushiro-ukemi – queda para trás;
Mae-ukemi – queda para frente;
Yoko-ukemi – queda lateral, para esquerda ou direita (migui e hidari);
7)     Elabore um resumo de no máximo 20 linhas sobre a história do Jigoro Kano e suas definições do Judô.
Nascido em 28 de outubro de 1860, em Mikage, Jigoro Kano é o terceiro filho de Jirosaku Mareshiba Kano, apesar de sua personalidade forte, possuía físico franzino, medindo 1,50 metros de estatura e pesando 48kg, o que dificultava o seu ingresso na maioria dos esportes. Mesmo quando tentou se tornar mais forte aos 16 anos de idade praticando alguns esportes como ginástica, remo e basebol, não obteve sucesso.  No ano de 1871 com 11 anos de idade foi estudar inglês em Tóquio, onde alguns anos mais tarde tornou-se professor e tradutor dessa língua, chegou até a montar sua própria escola em Tóquio chamada Kobukan (escola de inglês). Jigoro sendo um legítimo filho de Samurai decidiu estudar o Jiu-jitsu. Com o professor Teinosuke Yagi. Em 1877, matriculou-se na Tenjin Shin'yō-ryū, sendo discípulo do mestre Hachinosuke Fukuda. Em 1879, com a idade de 82 anos, Fukuda morreu e Kano teve como seu mestre o Masatomo Iso, um sexagenário que possuía os segredos de uma escola derivando igualmente do Tenjin Shin'yō-ryū. Em 1882, Jigoro Kano inaugura sua primeira escola a Kodokan (Instituto do Caminho da Fraternidade). O seu primeiro aluno inscreveu-se em 05 de junho de 1882, chamava-se Tomita. Depois vieram Higushi, Arima, Nakajima, Matsuoka, Amano Kai e o famoso Shiro Saigo (Sugata Sanshiro). Com idades entre 15 e 18 anos.

Os princípios que inspiraram Jigoro Kano à idealização do judô foram:
  • Princípio da máxima eficiência com o mínimo de esforço (seiryoku zen’yo)
  • Princípio da prosperidade e benefícios mútuos (jita kyoei)
  • Princípio da suavidade, ou seja, o melhor uso de energia (ju)

8)     No Judô os golpes existem três momentos distintos. Quais são eles?
1º Kuzushi (desequilíbrio)
2º Tsukuri (encaixe)
3º Kake (finalização)

9)    Qual o significado da palavra Karate na língua japonesa?
Karate é uma palavra japonesa que significa “mãos vazias”. Consiste em uma arte marcial japonesa e um método de ataque e defesa pessoal que inclui diversas técnicas executadas com as mãos desarmadas.
10) Qual a importância do Mestre GichinFunakoshi e seus ideais filosóficos para a modernização do Karatê?
O praticante de karatê, segundo o Mestre Funakoshi, deve manter a mente distante do    egoísmo e da maldade, devendo buscar a pureza de pensamentos, porém, deve estar em alerta para reagir adequadamente a tudo que encontrar pela frente.
11) Descreva uma técnica de chute, soco e de defesa de Karatê.
Mikazuki Geri(Chute circular em formato de lua crescente)
Este golpe é dado com a planta do pé ao peito do adversário. Fique de perfil em Shiko dachi. O pé de apoio gira um quarto de volta batendo no alvo. Tocar o bordo interno do arco plantar, artelhos para cima. Repousar o pé para frente fazendo um giro de quarto de volta sobre o pé de apoio ficando em Shiko dachi sempre de perfil em relação ao adversário. Este é um golpe muito poderoso. É preciso muito cuidado e orientação ao treinar com um companheiro, onde a confiança é adquirida a cada treino.
HAITO UCHI (Golpe mão de sabre)
Técnica rápida. Fazendo uma ação contrária dos braços batemos. Continuando, tiramos a mão da frente, levando-a ao quadril e formando a mão fechada, desdobramos o outro antebraço em torno do cotovelo, com uma rotação do punho. Vencer rapidamente, é o objetivo no karatê. Logo o golpe deve ser certo e não mais que um.
AGE UKE
O braço que executa a defesa estando recuado deve ser direcionado em direção ao rosto,  cruzando com o outro braço( hikite) na altura do peito e no final do movimento deve se aplicar o giro do pulso, para repelir o ataque( conforme imagem abaixo).   Apesar de ser normal no início que esse movimento seja feito com quadril de frente, deve ser aplicado com o quadril de lado, para que todo o corpo participe do golpe, dando força a defesa. 

12) Defina qual estilo foi fundado pelo mestre Gichin Funakoshi e quais são suas características.
Shotokan  é o estilo criado pelo “Pai do Karatê”, Gichin Funakoshi. Caracteriza-se por bases fortes e golpes no corpo inteiro. Os giros sobre o calcanhar em posição baixa dão fluidez ao deslocamento e todo o movimento começa com uma defesa. Quando a técnica de um soco é completamente dominada por quem pratica esta técnica de karatê, o seu poder é incrivelmente poderoso chegando a ser sobre-humano.
O significado de Shotokan: “Shoto” era como Funakoshi assinava seus poemas, significando “pinheiros ondulados ao vento” e “kan” significa escola.
13)Segundo a CBJJ,2010,apud RUFINO e MARTINS,2011  onde nasceu o Jiu-jitsu de acordo com o relatos dos autores?
O jiu jitsu nasceu na Índia, sendo praticado por monges budistas há mais de três mil anos a.C. Esses monges precisavam fazer longas viagens a pé e eram constantemente saqueados e roubados e, por ser contra os princípios da religião budista da qual eles faziam parte, eles não podiam possuir armas, muito menos utilizarem-se da violência para se defenderem. Por isso, eles desenvolveram uma forma de lutar na qual se baseava na defesa pessoal, não opondo resistência aos oponentes e sim usando a própria força dos oponentes contra eles mesmos.
14) Quais são as semelhanças entre uma aula de Jiu-jitsu e Judô?
As duas lutas são de distância curta, são as de domínio, cujo objetivo dessa modalidade é agarrar ou puxar, derrubar ou imobilizar o adversário para vencer o combate.
15) Quais são as diferenças principais entre uma aula de Jiu-jitsu e Judô?
Os golpes do Judô são voltados para buscar o ippon, que dá a vitória na luta. Por isso, os golpes são focados em projeções, para lançar o adversário ao chão, de preferência com os dois ombros tocando o chão, para garantir a vitória. No chão, as finalizações permitidas são apenas o estrangulamento e a chave de braço, além das imobilizações.
Já os golpes do Jiu-Jitsu têm como principal foco a imobilização e o estrangulamento, para finalizar o oponente. Apesar de começar em pé, como no judô, o jiu-jitsu é mais desenvolvido no chão, e permite mais golpes de imobilização e estrangulamento, o que gera mais finalizações.

16) Cite e explique três técnicas básicas do JiuJitsu e três golpes de finalização.
17) A capoeira é africana ou brasileira? Defina qual origem a capoeira é entendida no decorrer de sua evolução.
A capoeira nasceu no Brasil, onde devemos considerar as culturas e hábitos dos povos negros e indígenas da região. Já que a origem da palavra é Tupi-guarani a capoeira pode ter surgido através da integração destes povos. A capoeira é uma luta genuinamente brasileira, muito embora ainda exista pessoas que não valorizam o que é seu como diz o ditado: "Santo de casa não faz milagre", e com isso insistem em querer importar a capoeira, ela é luta brasileira criada pelos escravos nascidos no Brasil se ela fosse Afro-Brasileira, como dizem, então porque em outros países nunca existiu capoeira se o Brasil foi o últimos país a aderir à importação de escravos, como também um dos últimos a decretar a abolição.
A própria história conta que a capoeira surgiu pela ânsia de liberdade de um povo sofrido e que os escravos usavam golpes de capoeira para se defender e abater o seu opressor, isso é o que? É dança?... Não, isso é luta meu irmão!

18) Qual contribuição Mestre Bimba teve com a prática da Capoeira em 1937?
Em 1932, Mestre Bimba abre a primeira academia especializada em capoeira, no Bairro Engenho Velho de Brotas. Somente em 1937 obteve, na Secretaria de Educação, Saúde e Assistência pública, o registro de diretor de curso de Educação Física, que estrategicamente o levou a redefinir o seu local de treinamento como Centro de Cultura Física Regional, inserindo então a Capoeira Regional no campo do esporte. Cabe salientar que, oficialmente, foi a primeira academia de capoeira a ter seu alvará de funcionamento, datado de 23 de junho de 1937. Nesse mesmo ano, fez a primeira apresentação do seu trabalho para o interventor general Juraci Magalhães, onde estiveram presentes autoridades civis e militares, entre outros convidados ilustres
19) Quais as diferenças entre a capoeira Regional (de Bimba) para a capoeira tradicional, Angola(de Pastinha)?
A capoeira Angola, diferencia-se da luta regional baiana de Mestre Bimba por possuir maior ênfase em características como o jogo, a brincadeira e a busca pela ancestralidade, possuindo em regra movimentos mais lentos, rasteiros e lúdicos
20) Monte um plano bimestral com 8 aulas de capoeira para uma turma de ensino médio.

  •         Primeira Aula
   Objetivos;
– Conhecer e valorizar diferentes manifestações da cultura corporal.
– Adotar postura não preconceituosa ou discriminatória de qualquer natureza.
– Reconhecer a capoeira como forma de expressão da cultura corporal Brasileira.
Duração; 50 min

Apresentando a Capoeira
Comece a aula com a apresentação de alguns vídeos que mostram a prática corporal da luta Capoeira.  Após a apresentação dos vídeos, reunir os alunos para uma roda de conversa sobre diversos aspectos observados na prática da Capoeira: origem e história da Capoeira, conceitos e habilidades motoras da luta, principais instrumentos, roupas, entre outros. Destaque a importância da Capoeira como meio de expressão da cultura corporal e que esta é a única luta tipicamente Brasileira.
Ao final da aula pedir aos alunos para pesquisarem e trazerem materiais relacionados com capoeira para que na próxima aula seja confeccionado um painel.
  •         Segunda Aula
Objetivo;
- Valorizar manifestações culturais e artísticas;
-Vivenciar, reconhecer e reconstruir a prática corporal da capoeira.
Duração; 50 min
Iniciar a aula com um bate-papo a respeito dos materiais encontradas. Após conversar pedir aos alunos que se dividem em 3 grupos. Com base nas informações anteriores, elaborar materiais para exposição dentro da escola: Cada grupo montará seu painel, e ao final cada grupo deverá apresentá-lo.
  •         Terceira Aula
Objetivo;
-Vivenciar a musicalidade existente na capoeira.
-Reconhecer uma prática que pode ser utilizada no tempo livre
Duração 50 minutos
Organizar a turma em duplas e ensinar a ginga, deixar que eles pratiquem enquanto o professor passa pelas duplas corrigindo o movimento. 
O primeiro movimento a ser ensinado será o AU: pode ser usado na Capoeira para entrar na roda e também como uma forma rápida de fugir ou enganar o "adversário", o movimento se assemelha a estrelinha (brincadeira de criança)
Em seguida a Benção: Trata-se de um pontapé frontal, que consiste num movimento de força que pode surpreender o oponente. O Capoeirista levanta a joelho, deixando o adversário sem a certeza se este irá fazer a Benção, o Martelo ou qualquer outro pontapé frontal com o mesmo tipo de movimento.
Por último, a Meia lua de frente: A partir da Ginga levanta-se a perna de trás e roda-se numa trajetória correspondente a semicírculo. É necessário que, no movimento, não se perca a orientação. Para melhor equilíbrio, empurram-se os braços em sentido contrário.  

  •         Quarta Aula
Objetivo; desenvolver a iniciação da ginga
- Desenvolver ritmicidade e resolução de problemas.
- Interagir, dentro do ambiente escolar, adotando atitudes de respeito, na tentativa de superar inibições e/ou atitudes de preconceito/discriminação.
Fazer a atividade de pegar o pé, onde um da dupla tenta pegar o pé e o outro foge, depois troca- se quem pega e quem tenta escapar, por último os dois tentam pegar o pé simultaneamente.  Este exercício força os alunos a fazerem a flexão dos joelhos, ajudando assim na execução da ginga. Mostrar como se faz o aú e o rolê e pedir para que os alunos também tentem, pois serão   as duas formas de entrada na roda que trabalharemos.
Ao final: sentar em círculo, já na posição que se fica durante uma roda de Capoeira, conversar sobre a aula, o que sentiram dificuldade, como poderíamos melhorar e o que esperam para a próxima aula. 
  •         Quinta Aula
OBJETIVO: -Vivenciar a ginga, a bênção e meia-lua-de-frente. Conhecer/discutir/refletir sobre o que é a capoeira.
DURAÇÃO: 50 min
- Divida os alunos em duplas. Cada dupla terá um giz nas mãos e irão desenhar, cada um o triângulo do outro, no chão. Cada ponto da base deste triângulo deve ser desenhado onde os pés estiverem na posição de base da ginga: o primeiro aluno fica de pé, com as pernas um pouco afastadas e o outro irá fazer um pequeno círculo em volta de cada um dos pés do primeiro. Em seguida o professor solicita que este aluno desloque uma de suas pernas para trás e tente permanecer em equilíbrio nesta posição. O segundo aluno irá desenhar o terceiro ponto que formará o triângulo. Após todos os alunos terem seus triângulos desenhados o professor ensina a dinâmica da ginga.
Mostre as figuras da ginga, da bênção e da meia lua de frente. Solicite aos alunos que realizem estes movimentos da maneira que estão percebendo.
Bênção. Faça com os alunos um varal com folhas de rascunho penduradas na altura da cintura. Solicite que, se deslocam lateralmente e tentem, da base da ginga, empurrar as folhas com o pé (chute frontal, pé flexionado). A perna é estendida totalmente, empurrando as folhas.  
Meia-lua-de-frente. peça aos alunos que imaginem desenhar uma meia lua, a sua frente, com a perna que está atrás, vindo para frente e retornando. Agora dificulte um pouco solicitando que ginguem e realizem a meia-lua-de-frente, para os dois lados.
Faça uma brincadeira de pega-pega, na qual para não serem pegos, eles deverão realizar um dos três movimentos aprendidos.
Discuta com os alunos sobre tudo o que foi visto e discutido na aula.
Pergunte se acham que o que realizaram na aula faz parte da capoeira; suas opiniões sobre a capoeira ser luta, jogo, brincadeira, etc; explique os motivos pelos quais a capoeira comporta estas definições.

  •         Sexta Aula
OBJETIVO: Vivenciar o rabo-de-arraia, esquiva, rolê e negativa. Discutir/refletir sobre os cânticos da capoeira.
DURAÇÃO: 50 min
- Vivências: Utilize uma corda grande. Inicie com a brincadeira do relógio, girando a corda e todos devem livrar-se dela com diferentes movimentos de capoeira. Em seguida estique a corda e solicite aos alunos que passem por ela de diversas maneiras.  Sugestões: Somente por cima fazendo bananeira, aú, e os golpes já aprendidos aproveitando para que relembrem de todos os fundamentos. Varie as alturas. Somente por baixo: gingando; vá abaixando a corda. Gingando até chegar na corda, de lado para ela. Para ultrapassá-la deverão se abaixar de lado passando a coluna para o outro lado e desta forma já estarão realizando a esquiva lateral. Da mesma forma vá abaixando e sugerindo que passem para o outro lado com uma das mãos no chão e a outra protegendo o rosto, sem tocar na corda (início do rolê e negativa).
Alunos em dupla. Aluno A, irá desferir somente a meia-lua-de-frente e o aluno B deverá esquivar-se como passou pela corda.
Negativa e rolê: Dinâmica do morto-vivo. Alunos gingando, espalhados pela sala. Utilize um aparelho de som. Ao parar a música deverão colocar uma das mãos no chão descendo na posição de base da ginga (negativa) como fizeram na corda. Este é o movimento “1”. Logo após faça o mesmo para a posição “2”: partindo da posição 1 irão, abaixados, girar o corpo para o lado da mão que está no chão fazendo um rolê. Em seguida eles deverão ficar atentos ao movimento que o professor irá solicitar. Para variar e desafiar ainda mais, o professor pode trocar: quando falar o número 1 terão que realizar o número 2 e vice-versa.
 Rabo-de-arraia. Divida o movimento em duas fases: inicialmente saindo da base da ginga, com a perna esquerda à frente, os alunos levarão esta perna para a lateral direita do corpo e as duas mãos ao chão. Repita algumas vezes. Em seguida passe para a fase 2: os alunos irão realizar o movimento da fase 1 e passar a perna direita, desenhando um semicírculo no ar até voltar para a posição inicial da ginga.
Pergunte se alguém conhece alguma música de capoeira, se quer cantá-la. Leve cd’s com diferentes músicas da capoeira. Escolha duas mais fáceis, os cantos corridos; leve a letra e cante com eles procurando acompanhar com as palmas. 

  •         Sétima Aula
DURAÇÃO: 50 min
OBJETIVO: Vivenciar a queixada. Discutir/refletir sobre o jogo (cooperativo) de capoeira.
- Roda de conversa: Converse com os alunos sobre o jogo da capoeira, se já viram, se há o toque entre os jogadores; questione-os sobre lealdade, respeito mútuo, cooperação. Demonstre vídeos de jogos de capoeira leais, nos quais os capoeiristas se respeitam, brincam e jogam cooperativamente.
- Vivências: Utilize as garrafas pet trazidas por eles (você também deve levar para o caso de ninguém se lembrar de levá-las). Os alunos deverão amarrá-las, pela boca, com um cordão grande e pendurá-las no teto, enfileiradas. Assim elas se tornarão alvos e todos devem ir passando por elas e fazendo um movimento da capoeira tendo as garrafas penduradas como referência. Procure ir variando as direções, alturas e movimentos.
- Queixada: Demonstre a figura da queixada para facilitar seu ensino. Divida a aplicação pedagógica da queixada em 3 fases: Inicie a queixada a partir da posição de base da ginga e ensine somente o movimento inicial dela: a perna da frente se desloca para a frente da outra perna. Repita. Em seguida solicite que acrescentem o movimento da perna de trás: ela avança para frente. Repita. Em seguida o terceiro passo: a perna da frente retorna para trás fazendo um movimento circular.
- Agora em duplas, todos ao mesmo tempo, ao som da música, o aluno A irá somente desferir os golpes e outros movimentos, e o aluno B irá somente esquivar. Depois trocam de função. Em seguida irão jogar capoeira, ou seja, os dois, ao mesmo tempo, vão desferir os golpes e esquivar de acordo com o movimento do outro.
- Solicite aos alunos que se unam em pequenos grupos. Nos grupos irão montar uma pequena sequência que contenha todos os movimentos que já aprenderam. Logo após, cada grupo apresentará sua sequência para a turma e todos deverão realizá-la.
Discussão: como foi trabalhar em grupo? Houve cooperação? O que preferem? Por quê? Quais as vantagens de se trabalhar em grupo? Sabemos dividir?
A cooperação no jogo da capoeira: para jogar capoeira um precisa do outro, ou seja, irão jogar “com”, e não “contra” o outro. Conscientize-o de que ele pode apenas demonstrar seus golpes, em direção ao seu colega sem atingi-lo, controlando seus movimentos por isso o toque na capoeira não é predominante. 
  •         Oitava Aula
DURAÇÃO: 50 min
OBJETIVO: Vivenciar o jogo de capoeira e seus estilos. Discutir/refletir sobre os rituais/regras da roda de capoeira e vivenciá-la. Vertentes de capoeira: angola, regional e contemporânea.
- Vivências: utilizando-se de cd’s demonstre aos alunos os 3 ritmos citados e solicite que se movimentam de acordo com o ritmo tocado e discuta as diferenças do ritmo e o tipo de jogo.
- Todos em duplas jogando são bento pequeno que é um jogo mais recreativo, solto, de ritmo médio. Um ou mais alunos irão tirando um da dupla e jogam com quem ficou, até que todos joguem com todos. Essa é a “compra” do jogo que no final será realizado na roda.
- Faça uma grande roda e vá problematizando com os alunos os rituais básicos da roda de capoeira: início e término do jogo, a compra, o berimbau.
O jogo começa com os alunos abaixados no “pé do berimbau”, pois este é a referência da roda, mesmo que seja imaginário. Não podem iniciar o jogo de outro lugar da roda. Eles devem se cumprimentar e sair em aú (o mais comum), mas também podem fazer uma negativa/rolê, bananeira, dentre outros. Todos devem responder ao coro, bater palmas e tocar os instrumentos. Solicite que realizem os sons dos instrumentos imaginários e troquem sempre as funções, vivenciando todos os momentos da roda. A compra do jogo, ou seja, quando um capoeirista quer jogar com um dos dois que já estão na roda jogando capoeira, ele pede permissão ao mestre ou, na falta deste, ao mais graduado que está comandando a roda (na escola será o professor) para entrar e tirar um dos dois. Este pedido é realizado com gestos, com a linguagem corporal, sem a menção de palavras. Depois de permitido o capoeirista entra na roda, sempre saindo do pé do berimbau, pelo lado direito, e de preferência encosta uma de suas mãos nas costas de quem ele quer que saia. Pode ainda entrar por entre os dois (atento ao momento certo para não ser atingido), fazendo um movimento de esquiva e com um dos braços estendidos, de frente para aquele com quem ele quer jogar.
Para finalizar o jogo, o capoeirista faz um sinal de término com as mãos, cruzando os punhos, ou apenas dando uma das mãos ao outro, cumprimentando-o. Todo jogo deve terminar com um aperto de mãos entre os capoeiristas em sinal de respeito e agradecimento pelo jogo realizado. Após este cumprimento eles devem sair andando de costas, sempre de frente para o centro da roda para evitar qualquer acidente.
Discussão: ética; solidariedade – trocar de lugar com quem está tocando os instrumentos, mesmo imaginários, para que estes possam jogar. Provoque a reflexão e que exponham suas opiniões sobre o fato de se cumprimentarem ao entrar e sair da roda.
- Relembre juntamente com os alunos tudo o que foi aprendido e vivenciado e faça uma avaliação em conjunto com todos sobre os aprendizados, pontos positivos e negativos.

Referências Bibliográfica;
MUNHOZ, Marcela. Lutar é diferente de brigar. Disponível em: http://www.dgabc.com.br/Noticia/211556/lutar-e-diferente-de-brigar. Acesso em 18 de novembro de 2019.
BARREIRA, Cristiano. A briga desumaniza. A luta, não. Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-briga-desumaniza-a-luta-nao,598499,0.htm. Acesso em 18 de novembro de 2019.
BRITTO, Rafael. Shodo: karatê shotokan. Disponível em: http://karateshodo.com.br/site/sites/default/files/Apostila%20B%C3%A1sica.pdf. Acesso em 18 de novembro de 2013.

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