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quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

ESTUDO DIRIGIDO: SABERES DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR


ESTUDO DIRIGIDO
SABERES DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR


1) Com base no texto “Sobre a natureza e especificidade da educação”, de Dermeval Saviani, responda:
a) Quais tarefas a Pedagogia Histórico-Crítica se propõe em relação à educação escolar? (valor: 05 pontos)
A pedagogia histórico-crítico propõe que a educação seja democratizada, ou seja todos tem direito ao aprendizado, onde os menos favorecidos socialmente tem acesso aos mesmo saberes que são transmitidos a classes sociais mais privilegiadas socialmente, desse forma todas as culturas são respeitadas.
b) Qual o conceito de “clássico” apresentado pelo autor e como ele o relaciona ao saber escolar? (valor: 05 pontos)
Segundo o autor o conceito de clássico seria o que é essencial, fundamental, diferente do tradicional e moderno, para ele é o constituir num critério útil para a seleção dos conteúdos do trabalho pedagógico.
c) Para o autor, por que o automatismo é condição da liberdade? (valor: 05 pontos)
De acordo com as ideias do autor não é possível ser criativo sem dominar determinados mecanismos, ou seja, para aprender alguma coisa no início será necessário a repetição, depois que ela for aprendida já não será mais necessário.




2) Com base no texto “O contexto da Educação Física Escolar”, de Suraya Darido, responda:
a) Quais são as características específicas da metodologia Crítico-Superadora defendidas pelo Coletivo de Autores (1992) e o que elas significam? (valor: 05 pontos)
A metodologia crítico superadora vai contra ao modelo mecanicista, suas propostas são representadas por ideias do marxismo e neomarxismo, onde há o discurso da justiça social como ponto de apoio. Esta pedagogia levanta questões de poder, interesse, esforço e contestação. Acredita que qualquer consideração sobre a pedagogia mais apropriada deve versar não somente sobre questões de como ensinar, mas também sobre como adquirimos esses conhecimentos, valorizando a questão da contextualização dos fatos e do resgate histórico. Essa metodologia é diagnostica porque pretende ler os dados da realidade, interpretá-los e emitir um juízo de valor. Este juízo é dependente da perspectiva de quem julga. É judicativa porque julga os elementos da sociedade a partir de uma ética que representa os interesses de uma determinada classe social.
b) Como se dá a seleção dos conteúdos e a organização do currículo na metodologia Crítico-Superadora? (valor: 05 pontos)
Os conteúdos propostos por essa metodologia propõem que se considere a relevância social dos conteúdos, sua contemporaneidade e sua adequação às características sócio cognitivas dos alunos. Enquanto organização do currículo, ressaltam que é preciso fazer com que o aluno confronte os conhecimentos do senso comum com o conhecimento científico, para ampliar o seu acervo de conhecimento.

3)Nas aulas 04, 05, 06 e 07, fizemos a leitura de textos que apresentaram discussões sobre os elementos da cultura corporal e possibilidades de trabalho pautadas na metodologia Crítico-Superadora na Educação Física escolar. A partir dessas leituras indicadas, elabore um texto argumentativo buscando justificar a importância da disciplina Educação Física e de seus saberes escolares no processo formativo dos (as) alunos (as). O texto deve ter, no mínimo, 30 linhas e ser escrito em linguagem acadêmica. Podem ser utilizados outros textos além dos trabalhados na disciplina. Não se esqueçam de indicar as referências utilizadas no caso de citações ou de apresentações das ideias dos (as) autores (as). ( valor: 15 pontos)

A escola deve ser entendida como espaço socializador e propício a inter-relações do humano, ou seja, ela é responsável por colaborar com a construção de um cidadão inserido em uma sociedade na qual todas as suas ações terão influências positivas ou negativas sobre ele mesmo ou com outro ser humano. A escola de antes era uma escola feita apenas para a elite da sociedade, hoje está sendo substituída por uma escola democrática, ou seja, para todos, e nessa nova escola temos também a nova sala de aula onde pessoas que estavam afastadas dos bancos escolares estão sendo acolhidas se reingressando nesse ambiente, pois esse formato faz com que o acesso chegue a todos.
        A nova sala de aula é deferente da de antes, onde haviam apenas professores autoritários que estavam ali para apenas depositar informações em seus alunos, o formato da nova sala de aula se baseia no diálogo, onde há o entendimento e respeito das diversidades e diferenças que existe na sala de aula.  Levando esse link a disciplina da educação física que hoje está inserida na área de linguagem tendo como seu objeto de estudo a cultura corporal, que engloba as danças, os jogos, as ginásticas, os esportes e as lutas, podemos perceber que esses conteúdos irão ter características próprias de cada região e cultura. Dessa forma deve se haver o respeito e diálogo, pois cada aluno irá trazer consigo um determinado conhecimento a respeito de algum conteúdo., assim os professores devemos mudar e transformar concepções que já estão formadas e transforma-los em cidadãos críticos e autônomos.
       A metodologia crítica superadora tem como características clara tendência a favor dos interesses das camadas populares da população brasileira, observando-se que nosso país é composto por uma sociedade estratificada em classes sociais com interesses claramente opostos. Esta pedagogia levanta questões de poder, interesse, esforço e contestação. Essa metodologia não propõe apenas questões de como ensinar, mas também sobre como adquirimos esses conhecimentos, valorizando a questão da contextualização dos fatos e do resgate histórico.
       A escola é um ambiente onde deve haver diálogo, pois dentro dela irá haver diversidade e diferenças, e para entender o significado de cada tipo de cultura representa nesta escola somente através do diálogo que isso será possível. Para vencer esse desafio de conseguir que tal cultura seja entendi por outra há necessidade de um processo de compreensão e ressignificação de tal manifestação cultural. A escola tem esse papal de compartilhar esse entendimento dessa cultura, criando situações que há participação de todos, pois com a compreensão é alcançado o respeito e entendimento do valor que aquela manifestação tem para um grupo e para uma sociedade. Todas as identidades devem ser representadas na escolarização, pois não deve haver nenhum grupo que seja recriminada e visto como inferior.
     
Referencias;
ABIB, Pedro Rodolpho Jungers. Educação Física Escolar: Uma proposta a partir da síntese entre duas abordagens. Movimento, Rio Grande do Sul, v. 5, n. 10, p. 29-34, 1999

FREIRE, Paulo. A nova sala de aula. Por dentro da sala de aula: conversando sobre a prática”. São Paulo: Phorte, 2004.

NEIRA, Marcos Garcia. O trabalho docente e a sociedade. Por dentro da sala de aula: conversando sobre a prática”. São Paulo: Phorte, 2004.

BRACHT, V. A construção do campo acadêmico `educação física' no período de 1960 até nossos dias: Onde ficou a educação física?. In: Anais do IV Encontro Nacional de História do Esporte, Lazer e Educação Física. Belo Horizonte, 1996, pp. 140-148.

MOREIRA, Antônio Flavio Barbosa; CANDAU, Vera Maria. Educação escolar e cultura(s): construindo caminhos. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro 2003. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n23/n23a11.pdf> Acesso em: 24  de novembro de 2019.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Sequencia bimestral para plano de aula capoeira

AULA 1:
DISCIPLINA: Educação Física
DURAÇÃO: 50 min
OBJETIVO: Apresentar os conceitos da capoeira para os alunos
Introdução
- Para esta primeira aula leve algumas figuras da capoeira.
Se for possível, apresente o vídeo https://www.youtube.com/watch?v=nngZA7wDS3I
Pergunte para os alunos se conhecem a capoeira; o que acham que faz parte da capoeira; se já assistiram alguma apresentação; se alguém já a vivenciou. Vá montando uma lista com eles sobre tudo o que acham que faz parte do contexto da capoeira para discutir no final da aula.
- Desenvolvimento
- Divida os alunos em duplas. Cada dupla terá um giz nas mãos e irão desenhar, cada um o triângulo do outro, no chão. Cada ponto da base deste triângulo deve ser desenhado onde os pés estiverem na posição de base da ginga: o primeiro aluno fica de pé, com as pernas um pouco afastadas e o outro irá fazer um pequeno círculo em volta de cada um dos pés do primeiro. Em seguida o professor solicita que este aluno desloque uma de suas pernas para trás e tente permanecer em equilíbrio nesta posição. O segundo aluno irá desenhar o terceiro ponto que formará o triângulo. Após todos os alunos terem seus triângulos desenhados o professor ensina a dinâmica da ginga.
- Mostre as figuras da ginga, da bênção e da meia lua de frente. Solicite aos alunos que realizem estes movimentos da maneira que estão percebendo.
Bênção. Faça com os alunos um varal com folhas de rascunho penduradas na altura da cintura. Solicite que, se desloquem lateralmente e tentem, da base da ginga, empurrar as folhas com o pé (chute frontal, pé flexionado). A perna é estendida totalmente, empurrando as folhas.   
Meia-lua-de-frente. peça aos alunos que imaginem desenhar uma meia lua, a sua frente, com a perna que está atrás, vindo para frente e retornando. Agora dificulte um pouco solicitando que ginguem e realizem a meia-lua-de-frente, para os dois lados.
- Faça uma brincadeira de pega-pega, na qual para não serem pegos, eles deverão realizar um dos três movimentos aprendidos.
- Avaliação
Discuta com os alunos sobre tudo o que foi visto e discutido na aula.
Pergunte se acham que o que realizaram na aula faz parte da capoeira; suas opiniões sobre a capoeira ser luta, jogo, brincadeira, etc;
Explique os motivos pelos quais a capoeira comporta estas definições.
Peça aos alunos para elaborarem cartazes sobre uma pesquisa feita sobre capoeira com gravuras e informações relevantes










AULA 2:
DISCIPLINA: Educação Física
DURAÇÃO: 50 min
OBJETIVO: Importância cultural da capoeira e suas músicas
Introdução:
Retome os cartazes da aula anterior e pergunte como foi sua repercussão em casa.
Convide todos para assistirem um filme relacionado ao tema estudado nessa seqüência didática.
Desenvolvimento:
Escolha um filme que fale de algum mestre reconhecido, como por exemplo, Mestre Bimba: A capoeira iluminada.
Faça um roteiro para chamar a atenção dos pontos mais relevantes que o filme apresenta sobre as questões sociais e outras.
Debata com o grupo a importância do canto nessa manifestação cultural. A música é um componente fundamental da capoeira. Ela determina o ritmo e o estilo do jogo que é jogado durante a roda de capoeira.
A música é composta de instrumentos e de canções, podendo o ritmo variar de acordo com o Toque de Capoeira. Registre os pontos levantados por eles. E proponha uma vivência de alguns elementos da capoeira.
- Avaliação: Discuta com os alunos sobre tudo o que foi visto e discutido na aula.
- Materiais
Aparelho de DVD ou vídeo do filme






AULA 3:
DISCIPLINA: Educação Física
DURAÇÃO: 50 min
OBJETIVO: Participação da turma em uma roda de capoeira
Introdução:
Elaboração de um plano para convidar um mestre de capoeira para a turma
Desenvolvimento:
Programe com a turma a vinda de um mestre ou grupo de capoeira para dialogar com a mesma, para isso organize a turma de forma a dividir responsabilidades e ações, como por exemplo:
Elaboração coletiva do convite para o mestre
Elaboração de um roteiro de perguntas da classe
Distribuição de responsabilidades - quem convida, quem pergunta, quem registra (na lousa ou cartaz),quem agradece,quem fotografa
- Avaliação: Discuta com os alunos sobre tudo o que foi visto e discutido na aula.
- Materiais
Cartolina e Material para confecção do convite para o mestre





AULA 4
DISCIPLINA: Educação Física
DURAÇÃO: 50 min
OBJETIVO: Participação da turma em uma roda de capoeira 2
Introdução:
Continuação da aula anterior
Desenvolvimento:
Entrevista com o mestre de capoeira
Perguntas e respostas
Músicas
Jogando capoeira com o mestre
- Avaliação: Discuta com os alunos sobre tudo o que foi visto e discutido na aula.



AULA 5
DISCIPLINA: Educação Física
DURAÇÃO: 50 min
OBJETIVO: Fundamentos básicos da capoeira (Aú (estrelinha)/Equilíbrio Estático e Dinâmico/ Ginga/ Benção)
Introdução:
 Enquanto o professor passa o alongamento este pode questionar os alunos sobre a pergunta da aula anterior, falar sobre a importância de se alongar principalmente antes de praticar uma luta, seja qual for esta. 
Desenvolvimento:
Organizar a turma em duplas e ensinar a ginga, deixar que eles pratiquem enquanto o professor passa pelas duplas corrigindo o movimento. 
Com o auxílio do colega, o aluno deverá realizar o exercício de “parada de mãos” e alternadamente, deverá retirar uma das mãos do chão. Aos poucos o professor deverá estimular seus alunos a realizarem os movimentos sozinhos.
- Avaliação: Discuta com os alunos sobre tudo o que foi visto e discutido na aula.

  
AULA 6
DISCIPLINA: Educação Física
DURAÇÃO: 50 min
OBJETIVO: Vivenciar o rabo-de-arraia, esquiva, rolê e negativa. Discutir/refletir sobre os cânticos da capoeira.
Roda de conversa: discuta com seus alunos sobre o que pesquisaram acerca dos cânticos, seu papel na roda de capoeira, o significado de suas letras.
Vivências: Utilize uma corda grande. Inicie com a brincadeira do relógio, girando a corda e todos devem livrar-se dela com diferentes movimentos de capoeira. Em seguida estique a corda e solicite aos alunos que passem por ela de diversas maneiras.  Sugestões: Somente por cima fazendo bananeira, aú, e os golpes já aprendidos aproveitando para que relembrem de todos os fundamentos. Varie as alturas. Somente por baixo: gingando; vá abaixando a corda. Gingando até chegar na corda, de lado para ela. Para ultrapassá-la deverão se abaixar de lado passando a coluna para o outro lado e desta forma já estarão realizando a esquiva lateral. Da mesma forma vá abaixando e sugerindo que passem para o outro lado com uma das mãos no chão e a outra protegendo o rosto, sem tocar na corda (início do rolê e negativa).
Alunos em dupla. Aluno A, irá desferir somente a meia-lua-de-frente e o aluno B deverá esquivar-se como passou pela corda.
- Negativa e rolê: Dinâmica do morto-vivo. Alunos gingando, espalhados pela sala. Utilize um aparelho de som. Ao parar a música deverão colocar uma das mãos no chão descendo na posição de base da ginga (negativa) como fizeram na corda. Este é o movimento “1”. Logo após faça o mesmo para a posição “2”: partindo da posição 1 irão, abaixados, girar o corpo para o lado da mão que está no chão fazendo um rolê. Em seguida eles deverão ficar atentos ao movimento que o professor irá solicitar. Para variar e desafiar ainda mais, o professor pode trocar: quando falar o número 1 terão que realizar o número 2 e vice-versa.
- Rabo-de-arraia. Divida o movimento em duas fases: inicialmente saindo da base da ginga, com a perna esquerda à frente, os alunos levarão esta perna para a lateral direita do corpo e as duas mãos ao chão. Repita algumas vezes. Em seguida passe para a fase 2: os alunos irão realizar o movimento da fase 1 e passar a perna direita, desenhando um semi-círculo no ar até voltar para a posição inicial da ginga.
Roda Final: Pergunte se alguém conhece alguma música de capoeira, se quer cantá-la. Leve cd’s com diferentes músicas da capoeira. Escolha duas mais fáceis, os cantos corridos; leve a letra e cante com eles procurando acompanhar com as palmas.  
Aproveite para discutir/refletir com eles sobre a discriminação, presente nas letras das músicas, relativa às mulheres capoeiristas, aos próprios negros e sua cultura e o respeito que devemos ter para com estas diferenças.
- Utilizando material reciclável: solicite que levem para a próxima aula garrafas pet de 2L.
  
AULA 6
DISCIPLINA: Educação Física
DURAÇÃO: 50 min
OBJETIVO: Vivenciar a queixada. Discutir/refletir sobre o jogo (cooperativo) de capoeira.
Roda de conversa: Converse com os alunos sobre o jogo da capoeira, se já viram, se há o toque entre os jogadores; questione-os sobre lealdade, respeito mútuo, cooperação. Demonstre vídeos de jogos de capoeira leais, nos quais os capoeiristas se respeitam, brincam e jogam cooperativamente.
Vivências: Utilize as garrafas pet trazidas por eles. Os alunos deverão amarrá-las, pela boca, com um cordão grande e pendurá-las no teto, enfileiradas. Assim elas se tornarão alvos e todos devem ir passando por elas e fazendo um movimento da capoeira tendo as garrafas penduradas como referência. Procure ir variando as direções, alturas e movimentos.
- Queixada: Demonstre a figura da queixada para facilitar seu ensino. Divida a aplicação pedagógica da queixada em 3 fases: Inicie a queixada a partir da posição de base da ginga e ensine somente o movimento inicial dela: a perna da frente se desloca para a frente da outra perna. Repita. Em seguida solicite que acrescentem o movimento da perna de trás: ela avança para frente. Repita. Em seguida o terceiro passo: a perna da frente retorna para trás fazendo um movimento circular.
- Agora em duplas, todos ao mesmo tempo, ao som da música, o aluno A irá somente desferir os golpes e outros movimentos, e o aluno B irá somente esquivar. Depois trocam de função. Em seguida irão jogar capoeira, ou seja, os dois, ao mesmo tempo, vão desferir os golpes e esquivar de acordo com o movimento do outro.
- Solicite aos alunos que se unam em pequenos grupos. Nos grupos irão montar uma pequena sequência que contenha todos os movimentos que já aprenderam. Logo após, cada grupo apresentará sua sequência para a turma e todos deverão realizá-la.
Roda Final: - Discussão: como foi trabalhar em grupo? Houve cooperação? O que preferem? Por quê? Quais as vantagens de se trabalhar em grupo? Sabemos dividir?
A cooperação no jogo da capoeira: para jogar capoeira um precisa do outro, ou seja, irão jogar “com”, e não “contra” o outro. Conscientize-o de que ele pode apenas demonstrar seus golpes, em direção ao seu colega sem atingí-lo, controlando seus movimentos por isso o toque na capoeira não é predominante.




AULA 8
DISCIPLINA: Educação Física
DURAÇÃO: 50 min
OBJETIVO: Vivenciar o jogo de capoeira e seus estilos. Discutir/refletir sobre os rituais/regras da roda de capoeira e vivenciá-la. Vertentes de capoeira: angola, regional e contemporânea.
Roda de conversa: Converse com os alunos sobre os diferentes tipos de jogo da capoeira, como o são bento pequeno, angola e são bento grande, mais indicados para iniciantes e o ambiente escolar.
Discuta com eles sobre os rituais da roda para que ela funcione, necessariamente com a cooperação de todos. Converse também sobre as vertentes da capoeira
Vivências: utilizando-se de cd’s demonstre aos alunos os 3 ritmos citados e solicite que se movimentem de acordo com o ritmo tocado e discuta as diferenças do ritmo e o tipo de jogo.
- Todos em duplas jogando são bento pequeno que é um jogo mais recreativo, solto, de ritmo médio. Um ou mais alunos irão tirando um da dupla e jogam com quem ficou, até que todos joguem com todos. Essa é a “compra” do jogo que no final será realizado na roda.
- Faça uma grande roda e vá problematizando com os alunos os rituais básicos da roda de capoeira: início e término do jogo, a compra, o berimbau.
O jogo começa com os alunos abaixados no “pé do berimbau”, pois este é a referência da roda, mesmo que seja imaginário. Não podem iniciar o jogo de outro lugar da roda. Eles devem se cumprimentar e sair em aú (o mais comum), mas também podem fazer uma negativa/rolê, bananeira, dentre outros. Todos devem responder ao coro, bater palmas e tocar os instrumentos. Solicite que realizem os sons dos instrumentos imaginários e troquem sempre as funções, vivenciando todos os momentos da roda. A compra do jogo, ou seja, quando um capoeirista quer jogar com um dos dois que já estão na roda jogando capoeira, ele pede permissão ao mestre ou, na falta deste, ao mais graduado que está comandando a roda (na escola será o professor) para entrar e tirar um dos dois. Este pedido é realizado com gestos, com a linguagem corporal, sem a menção de palavras. Depois de permitido o capoeirista entra na roda, sempre saindo do pé do berimbau, pelo lado direito, e de preferência encosta uma de suas mãos nas costas de quem ele quer que saia. Pode ainda entrar por entre os dois (atento ao momento certo para não ser atingido), fazendo um movimento de esquiva e com um dos braços estendidos, de frente para aquele com quem ele quer jogar.
Para finalizar o jogo, o capoeirista faz um sinal de término com as mãos, cruzando os punhos, ou apenas dando uma das mãos ao outro, cumprimentando-o. Todo jogo deve terminar com um aperto de mãos entre os capoeiristas em sinal de respeito e agradecimento pelo jogo realizado. Após este cumprimento eles devem sair andando de costas, sempre de frente para o centro da roda para evitar qualquer acidente.
Roda Final: Discussão: ética; solidariedade – trocar de lugar com quem está tocando os instrumentos, mesmo imaginários, para que estes possam jogar. Provoque a reflexão e que exponham suas opiniões sobre o fato de se cumprimentarem ao entrar e sair da roda.
- Relembre juntamente com os alunos tudo o que foi aprendido e vivenciado e faça uma avaliação em conjunto com todos sobre os aprendizados, pontos positivos e negativos.



quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Teorias educacionais aplicadas a Educação Física




CONCEPÇÃO TRADICIONAL
ESCOLANOVISMO
TECNICISMO
ABORDAGEM SÓCIO CULTURAL (VYGOSTSKY)
ABORDAGEM CONSTRUTIVISTA-INTERACIONISTA
PERSPECTIVA CRÍTICA
PERSPECTIVA PÓS-CRÍTICA
CARACTERÍSTICAS
Ênfase no conteúdo. O professor é o transmissor do conhecimento. Rigidez quanto a normas e conduta disciplinar.
O aluno é o centro e há uma preocupação com a natureza psicológica da criança            É sugerido um não-diretivismo, sendo o professor o facilitador da aprendizagem                            O aluno torna-se mais ativo exigindo uma nova metodologia;
processo educativo objetivo e operacional
Através do diálogo a relação educador-educando deixa de ser uma doação ou imposição, mas uma relação horizontal, eliminando as fronteiras entre os sujeitos. (Freire, 1979, p.68)
a construção do conhecimento se desenvolve através da adaptação, que ocorre a partir da interação do indivíduo com estímulos recebidos do meio ambiente, que gera um processo de assimilação e acomodação e cria um esquema, que é uma estrutura intelectual para resolver problemas
excelência das necessárias mudanças sociais, habilitando assim o estudante para sua entrada no universo adulto, bem como o estimula a atuar no interior de uma comunidade
algo que produz uma relação de gêneros, pois predomina a cultura patriarcal. Essa teoria critica a desvalorização do desenvolvimento cultural e histórico de alguns grupos étnicos e os conceitos da modernidade, como razão e ciência. Outra perspectiva desse currículo é a fundamentação no pós-estruturalismo que acredita que o conhecimento é algo incerto e indeterminado. Questiona também o conceito de verdade, já que leva em consideração o processo pelo qual algo se tornou verdade.
OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO
promover uma formação puramente moral e intelectual, lapidando o aluno para a convivência social, tendo como pressuposto a conservação da sociedade em seu estado atual
objetivos concentrados no aluno. Buscar uma sociedade mais justa e igualitária, na qual caberia à educação adaptar os estudantes ao seu ambiente socia
 preparar profissionais para o mercado de trabalho a partir de métodos de ensino
Para Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui relações entre pessoas. Ele defende a idéia de que não há um desenvolvimento pronto e previsto dentro de nós que vai se atualizando conforme o tempo passa. O desenvolvimento é pensado como um processo, onde estão presentes a maturação do organismo, o contato com a cultura produzida pela humanidade e as relações sociais que permitem a aprendizagem.
possibilitar situações que se tornem concretas nos diversos aspectos da vida do aluno, indo além
do senso comum, mantendo os objetivos e conteúdos em mente buscando o direcionamento para
alcançá-los, criando situações de ensino fundamentadas numa orientação de ação comum,
uma democratização do conhecimento e do aprendizado; assim, os menos favorecidos socialmente têm acesso aos mesmos saberes que serão administrados às camadas privilegiadas da sociedade; eles não são excluídos, a pretexto de ter sua cultura respeitada pelas demais classes sociais;
adaptar ao contexto específico dos estudantes para que o aluno compreendesse nos costumes e práticas do outro uma relação de diversidade e respeito.
OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
educar o corpo para a produção, promover saúde e educar para hábitos saudáveis, higiênicos. O corpo é igualado a uma estrutura mecânica. O corpo não pensa, é pensado.
condições sociais dos indivíduos,
levando em conta principalmente aqueles que se encontram desajustado
valoriza-se o corpo máquina, onde o corpo é programado para suportar e produzir com mais velocidade em menos tempo e com pouco gasto de energia.
O proporcionar a prática e o “pensar a prática”
 desenvolvimento de habilidades que permitem se expressar no mundo, através da interação com o meio, com foco na crianção de conflitos e resolução de problemas motores.
Caracteriza-se pela transformação didática do esporte. Busca romper com o modelo predominante do esporte/ aptidão física praticado nas aulas de educação física.
utiliza como ponto de apoio o discurso da justiça social, e valoriza a questão da contextualização dos fatos e do resgate histórico. Deve relacionar os conteúdos da Cultura Corporal como esportes, jogos, danças, lutas e outros, com importantes temas atuais da sociedade
PAPEL DO PROFESSOR
Marcado pelo autoritarismo. Somente o professor possui conhecimento para ensinar, o papel do aluno é o de receber o conhecimento transmitido pelo professor. O silêncio em sala de aula é imposto pela autoridade docente.
 O professor deve se esforçar por despertar o interesse e provocar a curiosidade, ensino espontâneo, facilitador da aprendizagem
O diálogo entre professor e alunos era apenas técnica, com o intuito de transmitir o conhecimento de maneira eficaz             treinador – atleta
questionar com o aluno, valorizando a linguagem e cultura deste, criando condições para que cada um dos alunos analise seu contexto criando cultura. Somente através do diálogo será possível democratizar a cultura. Todas as ações de um professor são orientadas pela forma como vê o mundo, pelos objetivos que pretende atingir, pela sua concepção de educação.
No ensino-aprendizagem há busca de superação da relação opressor oprimido
 o professor deve levar em conta o conhecimento que o aluno já possui, que ele adquiriu através da interação com o meio social e cultural no qual ele vive.                               O professor é o facilitador, o mediador do processo de aprendizagem, não deve interferir na solução dos problemas criadas pelos alunos.
gerar um ambiente no qual o aprendiz possa interagir com o aprendizado
Deve relacionar os conteúdos com importantes temas atuais da sociedade, como trabalho e renda, meio ambiente, mobilidade urbana, saúde
CARACTERÍSTICAS DA ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO DOS CONTEÚDOS
Centrado nos livros de texto repletos de conteúdos informativos e conceptuais, fragmentados de forma a serem mais facilmente memorizados.
O conteúdo precisa ser compreendido e não decorado; - A abstração é um processo a ser atingido pelo próprio aluno a partir da experiência; - O produto é menos importante que o processo do conhecimento;
 embasados na objetividade do conhecimento e os métodos eram programados passo-a-passo, com uso de livros didáticos, principalmente.
Atraves de um tema Gerador que objetiva explicitar o pensamento do homem sobre a realidade e a sua ação sobre ela, o que constitui a práxis.
 importância ao contexto em que se aprende. Foco em atividades de grupo, na linguagem e no relacionamento interpessoal.
conteúdos que estão perfeitamente adequados à realidade vivida socialmente pelo aluno
 Pedagógico Contínuo                           Progressão do aprendizado
AVALIAÇÃO
 A forma de promoção é a avaliação, que mede a quantidade de conhecimento que foi memorizada. Quem não alcança a pontuação mínima é reprovado e deve cursar a mesma série novamente.
um processo válido para o aluno e não para o professor; - Constitui apenas uma das etapas da aprendizagem e não o seu centro ou fim; - Não deve visar só os aspectos intelectuais mas também atitudes e habilidades; - Valoriza a cooperação e solidariedades;
pautada na verificação formal, analisando a realização dos objetivos propostos.
autoavaliação e/ou avaliação mútua e permanente da prática educativa por professor e alunos
não-punitiva e vinculada ao processo de construção do conhecimento ou desenvolvimento de habilidades, não é padronizada buscando um determinado resultado ideal. Dessa forma, a avaliação considera o estágio inicial do aluno e seu desenvolvimento, considerando o erro parte do processo de aprendizagem, e não a condenação do aluno. O processo de auto avaliação pode ser utilizado.
 como parte
do processo e não um fim em si mesmo
 Avaliação Crítica       
            Normas e Regras
CONCEPÇÃO RELACIONADA A EDUCAÇÃO FÍSICA
 construção de corpos saudáveis tornando possível uma adaptação ao processo produtivo da sociedade
Diretriz de ensino utilitária           promoção de “exercícios sintéticos”, pois esses estão intimamente
associados ao “desenvolvimento da personalidade integral”
Focado no rendimento.
ir além dos objetivos teóricos e práticos, precisa também fornecer meios para que os estudantes possam refletir, discutir, construir e reconstruir e não apenas vivenciar ou encenar uma prática corporal.
 professor deve criar conflitos, mostrar outros pontos de vista, sugerir outros conceitos, criar problemas a serem resolvidos, e através da interação do aluno com o meio (as atividades, os jogos, brincadeiras, esportes, o espaço, os acessórios, outros alunos e professor) ele vai desenvolver o conhecimento e as habilidade motoras, afetivas e cognitivas.
 Formação Crítica        Capacitação Técnica   Incentivar/ Compreender os meios
 Organização e Entendimento da realidade                                                   Iniciação do Conhecimento               Ampliação do conhecimento           Sistematizaçao do Conhecimento

REFERÊNCIAS

GÔNGORA Francisco Carlos, Tendências Pedagógicas na Pratica Escolar, Edições Loyola. São Paulo. 1985.
SAVIANI, Dermeval. Concepção Pedagógica Tradicional. Disponível em: http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_concepcao_pedagogica_tradicional.htm. Acessado em: 22 de fevereiro de 2014.
Bracht, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física. Cadernos Cedes, Campinas, ano XIX, n.48, Ago. 1999.Coletivo de autores. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez.

Hermida, J. F., Mata, Á. A. R. & Nascimento, M. Do S. A Educação Física crítico-superadora no contexto das pedagogias críticas no Brasil. In: V Colóquio de Epistemologia da Educação Física, Maceió. Anais do V Colóquio de Epistemologia da Educação Física, Maceió.
MARINHO, Inezil Penna. Educação Física e Sociologia. Rio de Janeiro: Tipo Batista de Souza, 1942.
MARINHO, Inezil Penna. Fundamentos Bio-Psico-Sócio-Filosófico de um plano de educação física para o Instituto
Benjamin Constant. Rio de Janeiro: DOU, 1947.
MARINHO, Inezil Penna. Lugar da Educação Física no Plano Educacional. GOELLNER, Silvana
Vilodre (org.). Inezil Penna Marinho: coletânea de textos. Porto Alegre: UFRGS: CBCE, 2005.
MARINHO, Inezil Penna. Objetivos e características da educação física no ensino secundário. Rio de Janeiro:
Ministério da Educação e Saúde, 1946.
MARX, Karl. Miséria da Filosofia: Resposta à Filosofia da miséria, do Sr. Proudhon. Tradução de José Paulo
Netto. São Paulo: Expressão Popular, 2009.
FREIRE, Paulo. (1979). Educação como prática da liberdade. 17.ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra.
_______. Pedagogia do Oprimido. (1983). 13.ed. Ruo de Janeiro, Paz e Terra. ( Coleção O Mundo, Hoje,v.21).
MIZUKAMI, M. da G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986.
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