terça-feira, 29 de outubro de 2019

Resumo Ginastica para Todos

Textos:
Texto Ginastica geral experiencias e reflexoes



Texto: Universo da Ginástica – Elizabeth Paoliello


Objetivo geral do texto.
A meu ver o texto vem nos dar uma visão maior de uma cultura corporal, demonstra as atividades aplicadas na ginástica uma retrospectiva em geral, demonstra também os objetivos da ginástica como atividade física dando uma abrangência maior para estudo.
O texto nos remete a ver a intenção da autora em refletirmos sobre o significado da GG, suas origens, diferenças entre GG e Ginástica de competição, trazendo informações históricas e relevantes no âmbito da Ginástica.

 A ginástica é situada dentro do contexto histórico.
Desde a pré-história o homem pratica exercícios físicos até mesmo para sua sobrevivência e com o tempo estes exercícios foram se intensificando e ganhando espaço, em Roma a ginástica era realizada para preparação militar, na Grécia se tornou um elemento fundamental por causa da preocupação com a beleza do corpo e assim foi tomando proporção mundialmente.No início do século XIX a ginástica atingiu seu grande momento, pois foi neste período que surgiram as quatro grandes escolas do esporte (Inglesa, Alemã, Sueca e Francesa) e os principais métodos e aparelhos ginásticos.
A partir do texto, construa um conceito de ginástica.
A Ginástica é uma prática corporal que historicamente foi precursora e sinônimo de EF e se mistura com a história do ser humano, a ginástica vem dos próprios movimentos corporais onde tenta melhorá-los ou adaptá-los desde os primórdios o homem utilizou do seu corpo e força para sobrevivência, também é considerada um dos conteúdos da EF na escola e atualmente está ausente nas aulas. Podemos definir a ginástica para os dias atuais e utilizá-la para todos inclusive dentro de sala de aula, de onde eu vejo que posso defini-la como o processo ou ato de se fortalecer o corpo e mente, utilizando exercícios, esportes e brincadeiras.

 Os campos de atuação da ginástica. Explique com suas palavras.
Ginásticas de Condicionamento Físico: Englobam todas as modalidades que tem por objetivo o condicionamento físico do indivíduo que a pratica.
Ginásticas de Competição: Reúnem todas as modalidades competitivas. Ginásticas Fisioterápicas: Exercício físico na prevenção ou tratamento de doenças.
Ginásticas de Conscientização Corporal: Reúnem as Novas propostas de abordagem do corpo, também conhecidas por Técnicas alternativas ou Ginásticas Suaves e que foram introduzidas no Brasil a partir da década de 70, tendo como pioneira a anti-ginástica. Objetivo deste trabalho, busca da solução de problemas físicos e posturais.
Ginásticas de Demonstração: É a Ginástica Geral sua principal característica é a não competitividade, sua função principal é  a interação social e a formação integral do indivíduo nos seus aspectos: motor, cognitivo, afetivo e social.

 Os conteúdos da ginástica.
A ginástica vem dos próprios movimentos humanos, onde são aperfeiçoados e transformados a partir nossos movimentos naturais como saltos, giros e passos e aperfeiçoados com exercícios. A estrutura da ginástica no mundo tem uma peculiaridade pois a maior federação, FIG (Federação Internacional de Ginástica) tanto se declara competitiva e de recreação demonstrando a característica principal da ginástica para todos e de todos, por isso ela deve ter uma inserção no ambiente escolar levando os exercícios para a execução e melhora dos nossos movimentos, através de uma conscientização corporal melhor de nossos alunos.

Como é sugerida a estrutura da ginástica no contexto mundial? Como a GPT se insere neste contexto?
As aulas nas escolas, na maioria dos casos, se baseiam na prática esportiva de esportes competitivos, como futebol, vôlei e handebol, determinado pelas regras desses próprios esportes, um esporte competitivo não se encontra cooperação e se prevalece o individualismo, diferente do que deve ser dentro de uma aula de EF que deve ter como objetivo a cooperação e socialização dos alunos, Na Aula de EF o esporte deve ser experimentado por todos os alunos, mas com prazer e espontaneidade, dentro de suas possibilidades e necessidades. “Deve-se trabalhar com as desigualdades que trazem os alunos e prepará-los de forma que tenham igualdades de possibilidades no futuro”. Com a ginástica podemos ter uma prática diversificada, lúdica, desafiadora e segura. Capacitada para desenvolver os alunos habilidades específicas mas também uma manifestação da cultura corporal proporcionando-os inserção social e criativa e pelo movimento e permite-lhes de forma crítica intervir no seu bem-estar.

 Pautado nos argumentos do texto, como você interpreta a inserção da GPT no contexto escolar?
No contexto escolar, a ginástica ainda enfrenta restrições por diversos motivos, dentre eles as limitações de espaço, infraestrutura insuficiente, falta de material e equipamentos, além de enfrentar desinteresse por parte dos alunos e despreparo dos professores, além de ser encarada numa perspectiva mais esportivizada. A FIG (Federação Internacional de Ginástica) tem influência mundial e dentre suas principais propostas estão as de difundir e promover eventos na área, demonstrando com isso a relevância tanto da ginástica competitiva quanto recreativa.

A ginástica vem dos próprios movimentos humanos, onde são aperfeiçoados e transformados a partir nossos movimentos naturais como saltos, giros e passos e aperfeiçoados com exercícios. A estrutura da ginástica no mundo tem uma peculiaridade, pois a maior federação, FIG (Federação Internacional de Ginástica) tanto se declara competitiva e de recreação demonstrando a característica principal da ginástica para todos e de todos, por isso ela deve ter uma inserção no ambiente escolar levando os exercícios para a execução e melhora dos nossos movimentos, através de uma conscientização corporal melhor de nossos alunos.


TEXTO: A Ginástica Geral e A Federação Internacional de Ginástica

A trajetória da Federação Internacional de Ginástica (FIG)
A trajetória da Federação Internacional de Ginástica (FIG) foi desenvolvida com base na democracia, é a mais antiga e com ampla abrangência internacional no âmbito das associações esportivas. Sua origem deu-se em 1881 com o nome de Federação Européia de Ginástica, e que após a entrada dos EUA como filial em 1921, que a mesma passou a ser denominada FIG.
A FIG começou a se dedicar mais à Ginástica não competitiva depois de ser pressionada por vários representantes de países da Europa Central, que viam interesses em mais festivais de Ginásticas do que em competições, como o Gymnaestrada, e que após essa pressão, no ano 1979 foi criada a Comissão de Trabalho de GG, e mais tarde foi desenvolvido o Comitê Técnico de Ginástica para Todos, que atualmente é conhecida como Ginástica para Todos, para fins não competitivos.

Importância da FIG para a Ginástica Geral, assim como a possível Gênese da GG de acordo com a autora.
Para a FIG, a GG é a parte da Ginástica que está voltada para o lazer, que pode ser praticada por pessoas de qualquer idade e participam por conta do prazer que a prática da Ginástica proporciona.
Ela desenvolve uma melhor condição física, saúde, convívio social, atuando tanto no aspecto físico, quanto no aspecto psicológico das pessoas. E as características defendidas lançadas pela a autora na GG é a Ginástica sem finalidade competitiva, dando abertura para o divertimento e a aprendizagem de forma lúdica, ela também deve ser voltada a atenção para a pessoa que a pratica, objetivando a interação e convívio social, despertando o interesse das pessoas para essas práticas, podendo englobar danças, jogos, atividades corporais como um todo, abrindo um leque de possibilidades e cultivando a criatividade.
Quais as preocupações e dificuldade enfrentadas pela FIG em relação à GG? Explique com suas palavras.
As dificuldades encontradas pela FIG relacionadas à GG são várias, como no contexto escolar por exemplo, onde a Ginástica não tem sido trabalhada nas aulas de Educação Física, ou quando trabalhada, é utilizada de forma competitiva, dando ênfase á modalidades competitivas como a Ginástica Artística e Rítmica.
Alguns membros da FIG relatam também que, pelo fato de uma amplitude e diversidade da GG serem grandes, ocorre uma dificuldade da sua conceituação.
Entretanto, um aspecto a ser avaliado para o bom entendimento da GG, é vê-la como a base da ginástica, mesclando todo tipo de ginástica.
– De acordo com esta parte do texto, como você compreende a situação da Ginástica Geral no contexto mundial?
A GG no contexto mundial está ligada em colocar em evidência a Ginástica Geral mostrando seu valor e a diversidade que encontramos nela,mostrar diferentes idéias, difundir pensamentos, estimular e inspirar a prática de atividades que leve ao prazer e realizar atividades, reunir povos de diferentes culturas, aproximando pessoas e favorecer o entendimento delas, troca de experiência e capacitação de instrutores e a busca por novas propostas.

O (GG) Ginástica Geral no contexto mundial e de aproximar pessoas buscando novas culturas mostrando diferentes idéias e propostas inserindo a Ginástica Geral mostrando as qualidades, levando as pessoas a ter o prazer te praticar as atividades propostas na realização da Ginástica Geral.

“Texto: A concepção de Ginástica Geral de acordo a Federação Internacional de Ginástica”

A concepção de Ginástica geral da FIG.
Para a FIG a concepção de Ginástica Geral, compreende a realização ou não de competições, num ambiente que englobe toda e qualquer ginástica orientada seja ela para o lazer e ou programas de atividade; atividades com auxílio ou não de aparelhos.
São atividades prazerosas que proporcionam vários benefícios como: um bom condicionamento físico, integração social, uma boa qualidade de vida, mexe com o psicológico e com isso o interesse pela atividade física.

Os campos de atuação da Ginástica Geral
A FIG traz em seu contexto três grupos que expõem sua alta diversidade:
1 - Ginástica e dança; ginástica rítmica, Jazz; aeróbica; condicionamento físico e qualquer outro tipo de dança.
2 – Exercícios com aparelho ou sem Ex: trampolim, acrobacias, etc.
3 – Jogos sociais, jogos esportivos entre outros.
Assim podemos entender que na sua concepção toda atividade regular que em seu teor tenha entusiasmo, jogo, participação espontânea e que nos de prazer em participar é considerado uma atividade vinculada a Ginástica Geral.

Aspectos fundamentais destacados pela FIG em relação a Ginástica Geral
Por ser uma ginástica de caráter básico, não competitivo e todos os tipos de ginástica, fascinação têm outros aspectos fundamentais da GG se destaca como uma ginástica para todos, acessível e aberta a todas as pessoas, ela deve ser divertida, descontraída e alegre. Sua acessibilidade deve atingir até mesmo ao deficiente, as atividades a serem oferecida deve ser fácil e sem complicações para quem faz.

De acordo com texto, alguns aspectos fundamentais considerados pela FIG são observados, como considerar a Ginástica Geral uma atividade entusiastas e de jogo, prezando pela participação e o prazer em praticar a Ginástica. Outros aspectos observados no texto, deixam claro que a FIG também vê a Ginástica Geral como forma de prevalecer a saúde, a interação social através do convívio entre as pessoas, somando assim benefícios tantos físicos quanto psicológicos, além de promover a diversidade, criatividade, fascinação das pessoas e participação de todas as pessoas
Para você o que é GG? Você concorda com a forma como a GG é conceituada pela FIG? Explique de acordo com o texto.
Para mim a Ginástica Geral é uma prática não competitiva, onde o foco é todo mundo se beneficiar com a prática dela, que é voltada para o lazer, o bem estar das pessoas, o convívio e aprendizagem social, é descobrir nosso próprio corpo através do lúdico, praticando danças, jogos, brincadeiras e obtendo uma cultura corporal do movimento, além de melhorarmos nossa condição física, flexibilidade, coordenação motora, desenvolvendo o físico e o cognitivo através da prática da Ginástica.Por isso concordo como a GG é conceituada pela FIG, onde no texto a autora expõe a opinião de membros da FIG, que citam a GG como forma de se obter a saúde, a interação social e o condicionamento físico através da prática da Ginástica, nomeando-a como Ginástica para todos, ou seja, todas as pessoas podem e devem praticá-la.
Podemos pensar os grupos de atividade da GG na prática escolar? De que forma? Cite um exemplo.
No contexto escolar, o componente lúdico , a descoberta da linguagem corporal, a quebra de paradigmas relacionadas ao gênero, o convívio com a diversidade, bem como dizer não á ditadura do corpo perfeito,  são elementos essenciais para se aplicar a Ginástica Geral no dia a dia das escolas. Isso pode ser feito através de Jogos não competitivos, danças folclóricas, apresentação de grupos de músicas com vertentes musicais mais variadas, apresentações circenses, coreografias e tudo mais, enfim, existe um leque de possibilidades de experiência e movimentos para a prática de atividades corporais que contribuam para vários métodos pedagógicos, visando a formação de novos cidadãos.
O desenvolvimento da GG no Brasil nas décadas de 1980 e 1990.
A influência da GA e GR para a Ginástica Geral do Brasil

O Grupo de Ginástico Unicamp e a GG no Brasil.

 Você conhecia sobre essa discussão sobre GG no contexto brasileiro?

Como você acredita que deveria ser o processo de divulgação da GG no Brasil, comente sobre.

O desenvolvimento da GG no Brasil vem se dando desde a década de 1980, quando se foi criado o Departamento de Ginástica Geral na Confederação Brasileira de Ginástica e se popularizando com diversos eventos, cursos e festivais realizados nesse período, já na década de 1990 e realizado o VII Gimnasiada Americana em Mogi das Cruzes/SP e cada vez mais a modalidade e difundida no Brasil, continuando a ser realizados vários festivais e eventos no país. Segundo o Prof. Carlos R. A. de Rezende a ampliação da GG tem correlação com o desenvolvimento da GA e GR, com o aumento de praticantes dessas modalidades criou-se uma necessidade de participar de um número maior de eventos gerando um número maior de pessoas envolvidas em eventos dessa natureza.
Um dos fatores que impulsionou o desenvolvimento da ginástica geral no Brasil foi o trabalho realizado pelo Grupo Ginástico UNICAMP, criando diversas apresentações e eventos, desenvolvendo a GG em disciplinas do curso de EF da Unicamp, criando cursos para professores de EF no Brasil e no exterior e tornando a Faculdade de Educação Física da Unicamp um pólo para discussão e produção acadêmica no campo de GG.
Eu particularmente não conhecia nenhuma dessas abordagens, acho que mesmo com toda essa pesquisa e estruturação nosso pais não tem uma cultura da pratica saudável e eficiente com é a GG, nosso povo tem uma característica competitiva é de mal perdedor, não temos uma cultura muito bonita com o esporte e a atividade física, podemos ver vários casos de atletas que ficam em segundo lugar sendo sempre colocados com os primeiros perdedores, no Brasil somente o primeiro lugar importa, um exemplo disso é o que o texto fala da iniciativa equivocada “Ginastradas ” criando uma competição e não querendo demonstrar a Ginástica no pais.
Ao meu ver a melhor forma de divulgar a GG no Brasil é implantar um projeto de qualidade dentro das escolas para que as futuras gerações consigam absorver sua essência quase que utópica e que as nossas crianças consigam reverter essa cabeça de que no esporte ou na pratica de atividades físicas o importante é sempre vencer.
MOMENTO 5
Segundo o texto, o processo de estruturação da GG na FIG se dá pelo fato de duas vertentes se relacionares. Tanto caracteriza-se como uma conquista de um espaço institucional para as manifestações não competitivas da ginástica quanto como uma apropriação institucional de um espaço no qual a FIG ainda não exercia.
Essa relação entre as duas vertentes é vista desde o ganho de espaço da GG na FIG e vem refletindo até os dias atuais como por exemplo, quando é visto que a prática da ginástica reflete nas mais variadas formas de se praticar, isso é, realizada em atividades competitivas ou não. Dessa forma, todos podem tirar benefícios em relação a ginástica e suas áreas abrangentes, ou seja, os participantes podem usufruir dos benefícios, assim como, a Federação desenvolve uma campanha de marketing - a propaganda, como a que é utilizada na gymnaestrada, ganhando ainda mais seguidores e aumentando o número de participantes.
A estruturação foi um processo que se caracteriza em parte como uma conquista institucionalizada da GG dentro da FIG dando poder a atividades não competitivas e em outra parte utilizando dessa institucionalização por meio da FIG, se autopromovendo e se beneficiando desse processo. Vejo esse processo como uma relação de mutualismo, a GG se beneficia da FIG por se institucionalizar e ter processos definidos mesmo que vise as atividades não competitivas e a FIG se beneficia se promovendo.
Os grupos de atividades que fazem parte da GG segundo a FIG são: ginástica e dança, exercícios com aparelhos e jogos desde que esses não tenham fins competitivos.
O primeiro objetivo do Movimento Esporte para Todos foi a democratização das práticas esportivas, se caracterizando principalmente pela sua espontaneidade e sido concebido na perspectiva da democratização das práticas esportivas, o movimento esporte para todos começou a se expandir pela Europa e foi se mostrando coeso com os objetivos da GG que são, promover o interesse da pratica de atividades físicas, favorecer a saúde, a condição física e a integração social sempre pensando no bem estar físico e psicológico dos seu praticantes.
A uma grande relação entre GG e EPT ao começar pelo fato que a FIG sofria pressões para voltar sua atenção para a ginástica não competitiva na mesma época em que o movimento de esporte para todos se espalhava pela Europa. Outro aspecto semelhante é que o discurso que a ginástica geral pregava como seu objetivo é favorecer saúde, condicionamento físico, interação social, despertar interesse pessoal na prática de atividades físicas, sendo assim semelhante ao do discurso de EPT.
Ao meu ver a autora não se posiciona contra e nem defende o modelo proposto pela FIG mas tenta demonstrar as finalidades gerais que a GG pode proporcionar aos seus praticantes, ela tenta abordar um ambiente mais amplo que a GG proposto dentro da FIG, deixando muito a cargo do leitor essa reflexão.

A projeção da imagem da GG na sociedade contemporânea
A Ginastica Geral abre um leque de possibilidades para a prática de atividade corporal, mas ainda precisa conquistar sua identidade e superar os dogmas do conformismo e do culto ao corpo que a indústria do lazer no campo das práticas corporais nos impõe.
Temos uma grande oportunidade de abranger o campo da ginastica geral trazendo ela para o campo social e de integração, aplicando suas bases teóricas na nossa sociedade atual que precisa tanto dessa troca de experiencias e foco no ser humano.


  A ginástica geral tem sido compreendida como uma ginástica para todos, orientada para o lazer, visa, sobretudo, estimular o prazer pela prática de ginástica com criatividade e liberdade de expressão, podemos reconhecê-la como um espaço viável para a vivência do componente lúdica da cultura e, amis especificamente, da cultura e, mais especificamente, da cultura corporal. Isso quer dizer que GG traz a possibilidade de redescobrimos o prazer, a inteireza e a técnica – arte da linguagem corporal. Podemos identificar na GG tanto um caráter “conformista” quanto um caráter “transformador”, os quais convivem numa tensão permanente e revelam que a ginástica geral, assim como todas as atividades humanas, precisa ser compreendida em suas múltiplas perspectivas.




Os pilares fundamentais que sustentam a GG

Ayoub projeta algumas imagens da GG, no intuito de visualizar os pilares fundamentais que a sustentam, os quais estão ligados à concepção de GG da Federação Internacional de Ginástica (FIG), que segundo esta autora vem influenciando as ações na área em diversos países, inclusive no Brasil:
• Não possui finalidade competitiva e está situada num plano diferente das modalidades gímnicas competitivas, num plano básico, com a abertura para o divertimento, o prazer, o simples, o diferente, para a participação de todos. Ou seja, é irrestrita.
O principal alvo é a pessoa que pratica, visando promover a integração das pessoas e grupos e o desenvolvimento da ginástica com prazer e criatividade. Portanto, a ludicidade e a expressão criativa são pontos fundamentais.
Não possui regras rígidas preestabelecidas, pois estimula a amplitude e diversidade, abrindo um leque de possibilidades para a prática da atividade corporal, sem distinção de idade, gênero, número e condição física ou técnica dos praticantes, música ou vestuário, favorecendo ampla participação e criatividade.


Os festivais se constituem como sua principal manifestação, o que a vincula ao artístico, ao espetáculo.
Difere-se, portanto, das ginásticas competitivas, cujas principais características são: seletividade, regras rígidas preestabelecidas, caminham no sentido da especialização, comparação formal, classificatória e por pontos, visando, sobretudo, o vencer. Ayoub(2003) aponta ainda que as diferenças entre a GG e as ginásticas competitivas não podem ser vistas de forma rígida e estanque, pois estas convivem interligadas na sociedade e exercem influências recíprocas.

 Como podemos diferenciar a ginástica geral das ginásticas competitivas. Descreva com suas palavras de acordo com o descrito pela autora.

A ginástica geral engloba as modalidades competitivas de ginásticas reconhecidas pela Federação Internacional de Ginástica(Ginástica artística, Rítmica, Aeróbica, Esportiva etc....) mas seu foco diferente das ginasticas competitivas é desenvolver a saúde, a condição física e integração social.
A Ginástica Geral engloba as modalidades competitivas de ginástica reconhecidas pela Federação Internacional de Ginástica (Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Aeróbica Esportiva, Esportes Acrobáticos e Trampolim), a Dança, as atividades acrobáticas com e sem aparelhos, além das expressões folclóricas nacionais, destinadas a todas as faixas etárias e para ambos os sexos, sem limitações para a participação e, fundamentalmente, sem fins competitivos. 
A Ginástica Geral desenvolve a saúde, a condição física e a integração social. Além disso contribui para o bem-estar físico e psíquico, sendo um fator cultural e social. A grande diferença entra as ginasticas de competição e a ginastica geral é o foco não competitivo da ginastica geral, a integração das pessoas e a busca pelo bem estar.

fato de a GG não ser competitiva, abre muitos caminhos para que ela possa
ser praticada, conhecida (inclusive na escola), quebrando paradigmas, conceitos que
muitas vezes a sociedade/mídia impõe no que diz respeito ao “corpo ideal, perfeito” e
esporte de alto rendimento (competição), sendo praticado por poucos.
A ginástica geral tem essa finalidade: todos podem e a devem praticar, não
importa a idade, altura, peso, flexibilidade. Ela tem o intuito de promover o lazer, a
alegria, interação entre as pessoas, movimentar-se tendo prazer ao mesmo tempo,
proporcionando bem estar físico e mental.


 Devido a sua enorme diversidade a GG apresenta dificuldades em encontrar sua identidade? Explique
A Ginástica Geral por ser uma modalidade com ampla diversidade pode encontrar alguma dificuldade para ter uma identidade mas ela pode ser pautada no bem estar, prazer e participação, onde os integrantes praticam algo mais que uma modalidade, se comunicam e integram criando uma conexão social e cultural através da modalidade

Apesar da dificuldade para esclarecer a sua identidade, ou reconhecer didaticamente a sua prática, a Ginástica Geral precede a Ginástica de Competição. Por muito tempo foi a prática da ginástica mais desenvolvida (adaptada ou não) nas escolas, mesmo de forma empírica. Entretanto, as aplicações da ginástica, distintas na prática escolar, que pareciam claras, permaneceriam com problemas de natureza didática e de identificação sobre a GG



 Faça uma análise geral sobre a GG e como ela poderia ser inserida na prática pedagógica da Educação Física escolar, mediante os parâmetros apresentado nessa parte do texto.

É nosso dever como futuros professores de educação física, sobretudo no contexto escolar, superar os equívocos do passado e do presente e imaginar uma ginástica contemporânea que privilegie a nossa dimensão humana, o que quer dizer o ser humano cultura e não o ser humano objeto. Uma ginástica que não esteja sintonizada com os estereótipos de corpo presentes na atualidade, que não esteja interessada em alimentar a ditadura do corpo ideal. Em fim uma ginástica que crie espaço para o componente lúdico da cultura corporal, principalmente nas escolas, redescobrindo o prazer a inteireza e a técnica da linguagem corporal. Nas aulas de educação física escolar, a escolha do caminho metodológico torna-se crucial para que manifestações gimnicas contribuam positivamente à formação do aluno, e que não estejam tratadas apenas em sua dimensão técnico- industrial.
Aprender ginástica geral na escola significa, portanto, estudar, vivenciar, conhecer, compreender, perceber, confrontar, interpretar, problematizar, compartilhar, apreender as inúmeras interpretações da ginástica para, com base nesse aprendizado, buscar novos significados e criar novas possibilidades de expressão gímnica. A ginástica traz consigo a possibilidade de realizarmos uma reconstrução da ginástica na educação física escolar numa perspectiva de “confronto” e síntese e, também, numa perspectiva lúdica, criativa e participativa.


Ayoub enfatiza com segurança o papel de educação física escolar: o de proporcionar um conhecimento acerca dos diferentes temas de cultura corporal destaca ainda que, em suas pesquisas, percebeu notoriamente dificuldade de desenvolver a ginástica no ambiente escolar principalmente por oposição dos meninos que dizem que ginástica e coisa de menina e que querem mesmo é jogar bola, transformando assim ginástica em um esporte que poucos tem acesso.

A ginástica, sendo ela competitiva ou não, em geral é vista como uma modalidade pouco acessível para as aulas de educação física escolar, tendo como base uma visão elitista, que tem o intuito de formar ginastas em nível de competição.
A ginástica geral é um conhecimento a ser vivenciado no âmbito escolar, aonde chega a ser um desafio, pois ela é ainda um conteúdo pouco utilizado nas escolas, mas que vem se difundindo e ganhando mais espaço através de pesquisas de profissionais da área e elaboração de projetos. Por isso ressalta-se a importância da ginástica geral na escola como uma proposta de ensino, por sua facilidade em se criar, pois ela não exige materiais ou espaços específicos.
Algumas estratégias que podem ser utilizadas durante as aulas de ginástica geral para o ensino-aprendizagem podem ser compostas por: Músicas, jogos corporais, vivências simbólicas, materiais variados, diversidade cultural, atividades individuais e em grupos, circuitos, elementos básicos, entre outros


RESENHA: APLICANDO A GINÁSTICA GERAL NO CONTEXTO ESCOLAR.

Texto
Texto Resenha 02 A ed fis escolar e a GG com sentido pedagógico


RESENHA: APLICANDO A GINÁSTICA GERAL NO CONTEXTO ESCOLAR.


GUALLARDO, Jorge Sérgio Perez. A Educação Física Escolar e a Ginástica Geral com Sentido Pedagógico. In:PAOLIELLO,Elizabeth Ginástica Geral:experiências e reflexões. São Paulo:Phorte, 2008. p.55-77.


O autor do Jorge Sérgio Perez é graduado em Educação Física pela Universidad de Chile (1970), tem mestrado em Educação Física pela Universidade de São Paulo (1988) e doutorado em Psicologia pela Universidade de São Paulo (1993). Atualmente é professor da Faculdade de Educação Física da Universidade de Campinas. Tem experiência na área de Educação Física com ênfase em Educação Física escolar e atua principalmente nos seguintes temas: educação física e educação física escolar.
O autor do texto inicia fazendo sua definição de Ginástica Geral, traçando um comparativo da ginástica praticada no Brasil e na Europa, definindo o campo da Ginástica Geral no Brasil e demarcando os possíveis praticantes das Gymnaestradas, O autor expõe alguns elementos como a classe econômica dos participantes de praticas esportivo-recreativas no Brasil que mesmo com o passar do tempo (o texto foi publicado em 2008) ainda tendem a continuar vigentes na nossa sociedade, logo após o autor faz criticas sobre a postura da CBG nos critérios de participação nos Gymnaestradas, sendo que para o autor deveria ser incluído os fatores pedagógicos da participação, essa reflexão faz muito sentido quando o autor começa a fazer um comparativo dos técnicos envolvidos em festival e o papel do professor de educação física nesse cenário, que deveria ser ampliado para que o processo de ensino-aprendizagem esteja inserido nas apresentações dos eventos de ginástica geral.
Chegar a uma definição sobre o que é ginástica geral não tem sido fácil, pois os parâmetros apontados pela Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) para participar da Gymnaestradas Mundial foram considerados como uma definição de GG.
O autor também define de forma clara os espaços utilizados na Ginástica Geral com sentido pedagógico, colocando o foco para a escola. Nas definições de conteúdos de cultura corporal ele define cada área possível de ser utilizada na Ginástica Geral com orientação pedagógica, seguindo pelas vertentes da ginástica, jogos, brincadeiras e fazendo algumas observações para esportes e lutas, onde precisam se uma flexibilização para que não tenham caráter competitivo. O autor define também outros elementos da Ginástica Geral como Danças, Elementos de Artes Musicais, Elementos das Artes Cênicas e Elementos das Artes Plásticas, no meu entendimento o autor cria uma espécie de manual para se utilizar da Ginástica Geral com sentido pedagógico e relacionando com outros autores, acho que o texto fica um pouco fixo demais. Observo que devemos dar mais liberdade a GG principalmente no ambiente escolar.
Gymnaestrada Mundial é um evento realizado de quatro em quatro anos na Europa, onde participam profissionais que trabalham com manifestações de elementos considerados componentes da Educação Física. Por esse motivo a Federação Internacional de Ginástica (FIG) unifica atividades variadas, como se pode constatar no livro História da Ginástica no Brasil e no Regulamento para Participação na 12ª Gymnaestrada Mundial do Comitê Técnico da Confederação Brasileira de Ginástica (2002) direcionada aos participantes da XII Gymnaestrada Mundial de 2003 em Lisboa. Neste regulamento a Ginástica Geral (GG) é compreendida por diversas atividades físicas voltadas para lazer, manifestações corporais no contexto de cultura nacional. A GG engloba modalidades competitivas reconhecidas pela FIG, à dança, atividades acrobáticas e expressões folclóricas de ambos os sexos, sem limite de participantes buscando desenvolver saúde, bem estar geral e interação social.
Ao analisarmos essa proposta podemos perceber que a Educação Física na Europa é diferente da na América Latina. A Educação Física na Europa possui uma parte onde o esporte é seu principal conteúdo com foco na competição, principalmente para a população infanto-juvenil. Por outro lado a população adulta pratica atividades artístico-recreativas voltadas para saúde devido a políticas públicas de incentivo e fornecimento de infra-estrutura necessária para as atividades. Dessa forma compreende-se a quantidade de participação em clubes, centros recreativos e instituições educativas o que leva a diversidade de práticas esportivas, artísticas e recreativas, esse público é que o participa das Gymnaestrada.
A Educação Física no Brasil tem foco mais educacional, onde o professor tem como objetivo colocar o aluno em contato com conhecimentos sobre a cultura corporal do movimento, orientar formação do cidadão e não atleta como na Europa.  A maior parte da população pratica esporte-recreativas esporadicamente e sem orientação técnica. Outra parte da população com mais recursos econômicos pratica em clubes ou academias com orientação para competição. Os participantes de eventos de GG são as instituições de competições que se adaptam as normas estabelecidas pela CBG, e também academias de dança e arte utilizam desse espaço muitas vezes por não terem nível suficiente para participação de eventos de sua especialidade. Há uma diferença entre a Europa e o Brasil na questão na participação na Gymnaestradas onde aqui no Brasil os trabalhos para esse evento são esporádicos e para os europeus é permanente.
A Gymnaestradas é composta por demonstrações artísticas de atividades culturais caracterizado pela mistura de profissionais, de participantes e de culturas, portanto possui interpretações variadas e criativas. O que se nota é que algumas definições colocadas pela CBG não podem ser tomadas como referência para se definir a GG com sentido pedagógico uma vez que ela apenas define que a GG contribuinte para saúde e bem estar físico e psíquico. Com a diversidade de profissionais na participação dos eventos de GG proposto pela CBG, há uma grande heterogeneidade de trabalhos, como já se é esperado cada técnico apresentam trabalhos que correspondem a sua atuação profissional.
Os professores de Educação Física com licenciatura são capacitados para pesquisar, analisar, sistematizar e aplicar a produção de cultura corporal no contexto escolar e comunitário, sendo assim se ele participar de uma Gymnaestrada espera se que seu trabalho reflita o processo pedagógico e uma visão diferente sobre GG comparado aos profissionais de dança e teatro por exemplo.  Dessa forma se fez necessário criar um conceito de GG com sentido pedagógico definindo a como espaço de vivência de valores humanos que possibilita a apropriação dos elementos da cultura corporal de relevância pelo grupo social com o objetivo de aumentar recursos motores que permitam interagir com as pessoas que fazem parte da comunidade local.
O autor apresenta três formas de aplicar os conhecimentos no âmbito escolar, onde cada uma envolve um objetivo diferente. São elas; a vivência que tem objetivo de colocar os alunos em contato com cultura corporal; a prática que tem como objetivo facilitar a aprendizagem de forma que os alunos consigam dominar e estabilizar as técnicas de execução, e o treino que tem como objetivo que os alunos internalizem as técnicas de uma modalidade cultura corporal. O autor apresenta os conteúdos da cultura corporal que fazem parte da Educação Física, são eles conteúdos de Ginástica construída, natural, competitivas, geral, além de outras composições que estão dentro da GG como jogos e brincadeiras, lutas, esportes.  Além desses conteúdos, ele também apresenta elementos de alguns conteúdos que devem ser aplicados que são compartilhadas com outras áreas do conhecimento como a Dança, Artes Cênicas e a Artes Plásticas.
Conforme concluído pelo autor é de responsabilidade a apropriação de todos os conteúdos de cultura corporal que dizem respeito à Educação Física para os alunos, não se deve apenas aplicar alguns como tem acontecido em muitas aulas de Educação Física. A GG é de extrema importância no contexto escolar, segundo (AYOUB, 2003) apreender a GG geral na escola significa
“estudar, vivenciar, conhecer, compreender, perceber, confrontar, interpretar, problematizar, compartilhar, apreender as inúmeras interpretações da ginástica para, com base nesse aprendizado, buscar novos significados e criar novas possibilidades de expressão gímnica”.

Ela também coloca que a GG tem sido compreendida como uma ginástica para todos, voltada para o lazer que visa estimular o prazer pela prática da ginástica com criatividade e liberdade de expressão, tornando um espaço viável para a vivência da cultura corporal. Essas idéias batem com a proposta do autor uma vez que ele coloca que GG no contexto pedagógico deve envolver também a comunidade ao seu redor e ter uma abordagem sociocultural.
O texto é um manual muito bem feito para professores de Educação Física aplicarem métodos de Ginástica Geral na escola, o autor tem grande domínio sobre o assunto e nos indica como seguir  no desenvolvimento da Ginástica Geral dentro da escola, mas ao meu ver o texto não se adapta tão bem a todas as realidades da nossa sociedade atual principalmente em comunidades remotas ou de baixo poder aquisitivo, no meu entendimento da ginástica geral deve ser mais para socializar e integrar os alunos que para criar apresentações bonitas, A GG pode proporcionar, além do divertimento e satisfação provocada pela própria atividade (na medida em que busca o resgate do núcleo primordial da ginástica – o divertimento), o desenvolvimento da criatividade, da ludicidade e da participação, a apreensão pelos alunos das inúmeras interpretações da ginástica, e a busca de novos significados e possibilidades de expressão gímnica (AYOUB, 2003) a grande maioria das nossas escolas não tem condições de criar eventos e os alunos mal conseguem acompanhar os conteúdos mais simples. Para Daolio (2002), é um equívoco imaginar que todas as escolas devam trabalhar com um mesmo currículo fechado e inflexível, desconsiderando o contexto no qual estão inseridas. Por isso o autor não concorda com a sistematização de conteúdos na Educação Física, nos mesmos moldes das outras disciplinas, Daolio (2002) defende a necessidade de planejamentos quando estes são tomados como referência, e não como verdade absoluta; atualizados constantemente, construídos e debatidos com os próprios alunos, relacionados com o projeto escolar. Então a Ginástica Geral é sim uma excelente possibilidade para socializar e integrar os alunos, criando uma alternativa a pratica de esportes como futebol e vôlei, tão presentes na nossa cultura escolar criando uma maior pluralidade de atividades físicas no ambiente escolar.




REFERÊNCIAS:

AYOUB, E. A Ginástica Geral e Educação Física escolar. Campinas: UNICAMP, 2003.

BARBOSA, I. P. A Ginástica nos cursos de licenciatura em Educação Física do Estado do Paraná. 1999. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Educação Física, UNICAMP, Campinas, 1999.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

DAOLIO, J. Jogos esportivos coletivos: dos princípios operacionais aos gestos técnicos, modelo pendular a partir das idéias de Claude Bayer. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Brasília, v.10, n.4, p.99-104, 2002.

FÉDÉRATION INTERNATIONALE DE GYMNASTIQUE (FIG). General gymnastics manual. Moutier: 1993.

OLIVEIRA, N. R. C; LOURDES, L. F. C. GINÁSTICA GERAL NA ESCOLA: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA. Pensar a Prática, [S.l.], v. 7, n. 2, p. 221-230, nov. 2006. ISSN 1980-6183. Disponível em: <https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/97/2352>. Acesso em: 16 outubro 2018. doi:https://doi.org/10.5216/rpp.v7i2.97.




Resenha Ginástica artística e estatura: mitos e verdades na sociedade brasileira




FERREIRA FILHO, R. A.; NUNOMURA, M.; TSUKAMOTO, M. H. C. Ginástica artística e estatura: mitos e verdades na sociedade brasileira. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. 2006

Os autores do artigo possuem graduação em Educação Físicaou em Esportes no caso Mariana Harumi Cruz Tsukamoto, mas todos tem algum tipo de pós graduação na área de esportes, Mariana Harumi Cruz Tsukamoto tem doutorado em Ciências pela Universidade de São Paulo - Escola de Educação Física e Esporte (2012). Atualmente é professora doutora da Escola de Artes, Ciências e Humanidades - Universidade de São Paulo ela tem experiência na área de Educação Física e Esporte, atuando principalmente nos seguintes temas: pedagogia do esporte, formação em educação física e esporte e ginástica, já Raul Alves Ferreira Filho tem mestrado em Educação Física pela Universidade de São Paulo (2007). Atualmente está aposentado. Foi professor titular do Instituto Presbiteriano Mackenzie Fef até Junho de 2013.Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Ginástica Olímpica, atuando principalmente nos seguintes temas: educação física, ginástica artística, competição, crescimento, estatura e educação física escolar e MyrianNunomura tem mestrado em Educação pela Yokohama NationalUniversity, Japão (1995). Doutorado em Ciências do Esporte pela Universidade Estadual de Campinas (2001). Pós-doutoramento no Instituteof Health and Sports Sciences da UniversityofTsukuba, Japão (2006-2008). Livre docência em Educação Física pela Universidade de São Paulo (2009). Atualmente é professora Titular da Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Desenvolve estudos em Ginástica Artística e Pedagogia do Esporte, Todos os três tem grande vivência no tema e são capacitados para discursar sobre o assunto.
            O artigo é divido em seções onde os autores tentam exemplificar e demostrar os aspectos dos mitos e verdades sobre as características físicas dos atletas de Ginastica Artística, na primeira seção eles começam com um introdução sobre o assunto criando uma hipótese onde o trabalho será baseado, “se a baixa estatura dos ginastas estaria diretamente associada aos treinos intensivos da modalidade”, levando em consideração estudos auxologicos, que eles definem como “Estudos relacionados ao crescimento humano”, na segunda seção eles definem as características da ginastica artística feminina, onde citam outros autores querendo demonstrar que “medidas menores das ginastas de alto nível, favorecem a realização de acrobacias mais complexas, principalmente as rotações no eixo transversal e suas variações”, já na terceira seção os autores definem o que seria o alto rendimento da GA, demonstram onde e como ocorrem as competições, citam também alguns eventos onde crianças participam e dão ênfase aos anos de dedicação e trabalho duro que necessita para se chegar ao pódio, também contrastam alguns atletas que estão fora dos padrões de biótipos que conquistaram vários títulos, e chegam a conclusão que em competições de alto nível o biótipo do atleta pode sim fazer grande diferença pois devido a grande competitividade a facilidade corporal pode decidir as competições.


O autor do texto inicia fazendo sua definição de Ginástica Geral, traçando um comparativo da ginástica praticada no Brasil e na Europa, definindo o campo da Ginástica Geral no Brasil e demarcando os possíveis praticantes das Gymnaestradas, O autor expõe alguns elementos como a classe econômica dos participantes de praticas esportivo-recreativas no Brasil que mesmo com o passar do tempo (o texto foi publicado em 2008) ainda tendem a continuar vigentes na nossa sociedade, logo após o autor faz criticas sobre a postura da CBG nos critérios de participação nos Gymnaestradas, sendo que para o autor deveria ser incluído os fatores pedagógicos da participação, essa reflexão faz muito sentido quando o autor começa a fazer um comparativo dos técnicos envolvidos em festival e o papel do professor de educação física nesse cenário, que deveria ser ampliado para que o processo de ensino-aprendizagem esteja inserido nas apresentações dos eventos de ginástica geral.
Chegar a uma definição sobre o que é ginástica geral não tem sido fácil, pois os parâmetros apontados pela Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) para participar da Gymnaestradas Mundial foram considerados como uma definição de GG.
O autor também define de forma clara os espaços utilizados na Ginástica Geral com sentido pedagógico, colocando o foco para a escola. Nas definições de conteúdos de cultura corporal ele define cada área possível de ser utilizada na Ginástica Geral com orientação pedagógica, seguindo pelas vertentes da ginástica, jogos, brincadeiras e fazendo algumas observações para esportes e lutas, onde precisam se uma flexibilização para que não tenham caráter competitivo. O autor define também outros elementos da Ginástica Geral como Danças, Elementos de Artes Musicais, Elementos das Artes Cênicas e Elementos das Artes Plásticas, no meu entendimento o autor cria uma espécie de manual para se utilizar da Ginástica Geral com sentido pedagógico e relacionando com outros autores, acho que o texto fica um pouco fixo demais. Observo que devemos dar mais liberdade a GG principalmente no ambiente escolar.
Gymnaestrada Mundial é um evento realizado de quatro em quatro anos na Europa, onde participam profissionais que trabalham com manifestações de elementos considerados componentes da Educação Física. Por esse motivo a Federação Internacional de Ginástica (FIG) unifica atividades variadas, como se pode constatar no livro História da Ginástica no Brasil e no Regulamento para Participação na 12ªGymnaestrada Mundial do Comitê Técnico da Confederação Brasileira de Ginástica (2002) direcionada aos participantes da XII Gymnaestrada Mundial de 2003 em Lisboa. Neste regulamento a Ginástica Geral (GG) é compreendida por diversas atividades físicas voltadas para lazer, manifestações corporais no contexto de cultura nacional. A GG engloba modalidades competitivas reconhecidas pela FIG, à dança, atividades acrobáticas e expressões folclóricas de ambos os sexos, sem limite de participantes buscando desenvolver saúde, bem estar geral e interação social.
Ao analisarmos essa proposta podemos perceber que a Educação Física na Europa é diferente da na América Latina. A Educação Física na Europa possui uma parte onde o esporte é seu principal conteúdo com foco na competição, principalmente para a população infanto-juvenil. Por outro lado a população adulta pratica atividades artístico-recreativas voltadas para saúde devido a políticas públicas de incentivo e fornecimento de infra-estrutura necessária para as atividades. Dessa forma compreende-se a quantidade de participação em clubes, centros recreativos e instituições educativas o que leva a diversidade de práticas esportivas, artísticas e recreativas, esse público é que o participa das Gymnaestrada.
A Educação Física no Brasil tem foco mais educacional, onde o professor tem como objetivo colocar o aluno em contato com conhecimentos sobre a cultura corporal do movimento, orientar formação do cidadãoe não atleta como na Europa.  A maior parte da população pratica esporte-recreativasesporadicamente e sem orientação técnica. Outra parte da população com mais recursos econômicos pratica em clubes ou academias com orientação para competição. Os participantes de eventos de GG são as instituições de competições que se adaptam as normas estabelecidas pela CBG, e também academias de dança e arte utilizam desse espaço muitas vezes por não terem nível suficiente para participação de eventos de sua especialidade. Há uma diferença entre a Europa e o Brasil na questão na participação na Gymnaestradas onde aqui no Brasil os trabalhos para esse evento são esporádicos e para os europeus é permanente.
A Gymnaestradas é composta por demonstrações artísticas de atividades culturais caracterizado pela mistura de profissionais, de participantes e de culturas, portanto possui interpretações variadas e criativas. O que se nota é que algumas definições colocadas pela CBG não podem ser tomadas como referência para se definir a GG com sentido pedagógico uma vez que ela apenas define que a GG contribuinte para saúde e bem estar físico e psíquico. Com a diversidade de profissionais na participação dos eventos de GG proposto pela CBG, há uma grande heterogeneidade de trabalhos,como já se é esperado cada técnico apresentam trabalhos que correspondem a sua atuação profissional.
Os professores de Educação Física com licenciatura são capacitados para pesquisar, analisar, sistematizar e aplicar a produção de cultura corporal no contexto escolar e comunitário, sendo assim se ele participar de uma Gymnaestrada espera se que seu trabalho reflita o processo pedagógico e uma visão diferente sobre GG comparado aos profissionais de dança e teatro por exemplo.Dessa forma se fez necessário criar um conceito de GG com sentido pedagógicodefinindo a como espaço de vivência de valores humanos que possibilita a apropriação dos elementos da cultura corporal de relevância pelo grupo social com o objetivo de aumentar recursos motores que permitam interagir com as pessoas que fazem parte da comunidade local.
O autor apresenta três formas de aplicar os conhecimentos no âmbito escolar, onde cada uma envolve um objetivo diferente. São elas; a vivência que tem objetivo de colocar os alunos em contato com cultura corporal; a prática que tem como objetivo facilitar a aprendizagem de forma que os alunos consigam dominar e estabilizar as técnicas de execução, e o treino que tem como objetivo que os alunos internalizem as técnicas de uma modalidade cultura corporal. O autor apresenta os conteúdos da cultura corporal que fazem parte da Educação Física, são eles conteúdos de Ginástica construída, natural, competitivas, geral, além de outras composições que estão dentro da GG como jogos e brincadeiras, lutas, esportes.  Além desses conteúdos, ele também apresenta elementos de alguns conteúdos que devem ser aplicados que são compartilhadas com outras áreas do conhecimento como a Dança, Artes Cênicas e a Artes Plásticas.
Conforme concluído pelo autor é de responsabilidade a apropriação de todos os conteúdos de cultura corporal que dizem respeito à Educação Física para os alunos, não se deve apenas aplicar alguns como tem acontecido em muitas aulas de Educação Física. A GG é de extrema importância no contexto escolar, segundo(AYOUB, 2003) apreender a GG geral na escola significa
“estudar, vivenciar, conhecer, compreender, perceber, confrontar, interpretar, problematizar, compartilhar, apreender as inúmeras interpretações da ginástica para, com base nesse aprendizado, buscar novos significados e criar novas possibilidades de expressão gímnica”.

Ela também coloca que a GG tem sido compreendida como uma ginástica para todos, voltada para o lazer que visa estimular o prazer pela prática da ginástica com criatividade e liberdade de expressão, tornando um espaço viável para a vivência da cultura corporal. Essas idéias batem com a proposta do autor uma vez que ele coloca que GG no contexto pedagógico deve envolver também a comunidade ao seu redor e ter uma abordagem sociocultural.
O texto é um manual muito bem feito para professores de Educação Física aplicarem métodos de Ginástica Geral na escola, o autor tem grande domínio sobre o assunto e nos indica como seguir  no desenvolvimento da Ginástica Geral dentro da escola, mas ao meu ver o texto não se adapta tão bem a todas as realidades da nossa sociedade atual principalmente em comunidades remotas ou de baixo poder aquisitivo, no meu entendimento da ginástica geral deve ser mais para socializar e integrar os alunos que para criar apresentações bonitas, A GG pode proporcionar, além do divertimento e satisfação provocada pela própria atividade (na medida em que busca o resgate do núcleo primordial da ginástica – o divertimento), o desenvolvimento da criatividade, da ludicidade e da participação, a apreensão pelos alunos das inúmeras interpretações da ginástica, e a busca de novos significados e possibilidades de expressão gímnica (AYOUB, 2003) a grande maioria das nossas escolas não tem condições de criar eventos e os alunos mal conseguem acompanhar os conteúdos mais simples. Para Daolio (2002), é um equívoco imaginar que todas as escolas devam trabalhar com um mesmo currículo fechado e inflexível, desconsiderando o contexto no qual estão inseridas. Por isso o autor não concorda com a sistematização de conteúdos na Educação Física, nos mesmos moldes das outras disciplinas, Daolio (2002)defende a necessidade de planejamentos quando estes são tomados como referência, e não como verdade absoluta; atualizados constantemente, construídos e debatidos com os próprios alunos, relacionados com o projeto escolar. Então a Ginástica Geral é sim uma excelente possibilidade para socializar e integrar os alunos, criando uma alternativa a pratica de esportes como futebol e vôlei, tão presentes na nossa cultura escolar criando uma maior pluralidade de atividades físicas no ambiente escolar.




REFERÊNCIAS:

CALDERONE, G.; LEGLISE, M.; GIAMPIETRO, M.; BERLUTTI, G. Anthropometricmeasurements, bodycomposition, biologicalmaturationandgrowthpredictions in youngfemalegymnastsof high agonisticlevel. J. Sports Med, v. 26, n.3, p. 263-273, 1986.

BOMPA, T.O. Periodização. Teoria e Metodologia do Treinamento. São Paulo: Phorte, 2002.



segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Análise crítica do texto: CONTRIBUIÇÕES AO PROCESSO DE (RE)SIGNIFICAÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: DIMENSÕES DAS BRINCADEIRAS POPULARES, DA DANÇA, DA EXPRESSÃO CORPORAL E DA GINÁSTICA

Resumo


Este texto visa apresentar reflexões didático-pedagógicas para a educação física escolar a partir do núcleo "o movimento em expressão e ritmo", proposto por Oliveira (2004). Tais reflexões envolvem aspectos conceituais, campo de conhecimento e orientações metodológicas para o trato com os seguintes saberes: brincadeiras populares, dança, expressão corporal e ginástica. O intuito dessa abordagem teórica é propor encaminhamentos que possam subsidiar o trabalho do professor, instigando-o ao diálogo com os conhecimentos rítmico-expressivos e, conseqüentemente, com sua materialização no cotidiano escolar.
Link texto:


ANÁLISE 
O texto fala sobre um processo para melhorar a percepção de algumas atividades que são deixadas um pouco de lado no sistema escolar atual, como jogos e brincadeiras dentro da aula de educação física, utilizando da dança, expressão corporal e da ginástica de forma lúdica e dinâmica, a autora faz uma reflexão sobre as técnicas pedagógicas da educação física.
A autora fala sobre uma preocupação em oferecer conhecimentos relacionados à cultura de movimento na educação física escolar, o que na minha opinião pode ser feitas também com a introdução de esportes na aula de educação física, outros esportes, não apenas o futebol, o texto da autora coloca uma tendência onde as diferenças sociais podem ser superadas com a utilização da educação e a utilização de diversidades culturais de movimentos, jogos, brincadeiras e ginástica. Minha crítica e que além de todos esses pontos a autora deveria incluir uma globalização de esportes e atividades de prazer e bem-estar para (re)significar a educação física, tirando a cultura monoesportista que temos dentro do nosso país. A grande maioria dos pontos abordados pela autora são excelentes para abordar essa visão. A autora diz e uma educação física compromissada com a formação humana, o que eu concordo totalmente, esse processo pedagógico pode mudar a realidade de uma criança e de uma sociedade inteira, principalmente no Brasil onde o caminho da criminalidade e sempre o mais fácil, também concordo com a autora quando ela diz em trazer para escola brincadeiras antigas que não são tão mais utilizadas como forma de valorizar a pluralidade cultural do Brasil, trazendo o exemplo da capoeira onde colocamos uma reflexão cultural e histórica da formação da nossa sociedade.
Concluindo eu concordo com todos os pontos abordados pela autora mas vejo que não só através da dança, expressão corporal e da ginástica podemos obter os mesmos resultados e sim através da diversificação da educação física como modelo de formação social dos alunos.

Visita Técnica análise do movimento


Visita técnica para análise do movimento foi em um estúdio de Pilates no dia 24/10/2017, eu assisti a aula da professora Gisele e consegui observar os movimentos dos alunos, O Método Pilates foi criado por Joseph Pilates no período da primeira Guerra mundial para exercitar pacientes reumáticos, com o Pilates você pode desenvolver um corpo uniforme, corrigir posturas erradas, restaurar a vitalidade física, vigorar a mente e elevar o espírito. Ele formulou seis princípios básicos: respiração, centro, controle, concentração, fluidez e precisão (PILATES, 2010).
Após a guerra, Joseph mudou-se para os Estados Unidos, abrindo um estúdio de Pilates em Nova York. O seu método começou a ser praticado por importantes bailarinos que apresentavam lesões, sendo recuperados por Joseph. Logo, a técnica ganhou adeptos e se espalhou por todo o mundo.
Observando a Aula pude perceber o foco na respiração e na fluidez do movimento, todos os movimentos tendem a ser naturais e o mais preciso possível, e claro que na aula que eu observei tinham 3 alunos, um mais avançado e dois incidentes, o avançado conseguia executar os movimentos de forma mais alongada e fluída, os iniciantes executavam de forma mais travada.
A aula teve 50 minutos e os alunos fizeram diversos exercícios, alguns de força e outros de alongamento, todos sempre focando nos 6 princípios do Pilates, alguns exercícios eram executados nos aparelhos que Joseph construiu, outros no chão utilizando elásticos e bolas.
O que eu mais achei interessante foi a fluidez e a execução do movimento, a maioria são feitos baseados na força do nosso próprio corpo, mesmo quando são executadas nos aparelhos, e os princípios do Pilates tendem a ser observados, mais que uma aula acho que o Pilates e um estilo de vida que foca na qualidade de vida, como o próprio Joseph dizia: “Poucos movimentos bem feitos realizados de forma correta e equilibrada valem por muitas horas de ginástica.” (PILATES,2010).


REFERÊNCIAS:

PILATES, Joseph. Return to Life through Contrology. Oregon: Presentation Dynamics, 2010.
ROBLE, O J. Uma Interpretação Estética do Método Pilates: seus princípios e convergências com a Educação Somática. Rev. Bras. Estud. Presença, Abr 2015, vol.5, no.1, p.169-190. ISSN 2237-2660
MARÉS, G. A importância da estabilização central no método Pilates: uma revisão sistemática. Fisioter. mov., Jun 2012, vol.25, no.2, p.445-451. ISSN 0103-5150
           

sábado, 19 de outubro de 2019

Busca de novas tecnologias para educação

No sistema de ensino a tecnologia assume uma função importante em termos de apoio pedagógico, onde se faz necessário uma análise, dessa nova ferramenta de ensino. Descobrindo todo o potencial técnico que a sociedade tecnológica oferece. A tecnologia educacional só funciona se for cuidadosamente planejada e controlada, para se evitar desperdícios de tempo e recursos financeiros.
Em meio a complexidade do aprender faz se necessário a busca de novas de novas metodologias de ensino, e o advento da internet traz possibilidades que gera maneiras diferentes de se ensinar, nesse sentido é necessário reavaliar a conduta dos profissionais da educação diante de tantas ferramentas tecnológicas que estão sendo inseridas no meio educacional. Moran (2009) vem salientar que a internet é um grande apoio a educação, uma âncora indispensável à embarcação. Ele ressalta a importância da formação continuada dos professores, pois a internet traz saídas e levanta problemas, como por exemplo saber de que maneira gerenciar essa grande quantidade de informação com qualidade. Segundo Marçal Flores (1996) a informática deve habilitar e dar oportunidade ao aluno de adquirir novos conhecimentos, facilitar o processo ensino/aprendizagem, enfim ser um complemento de conteúdos curriculares visando o desenvolvimento integral do individuo. Nesse cenário aonde a tecnologia vem tomando o seu espaço faz se necessário que o professor seja constantemente estimulado a modificar a sua ação pedagógica. Pozo (2008) vem dizer que para o uso adequado da tecnologia na educação é necessário a capacitação dos profissionais da educação, para que eles possam instruir os alunos em como usar essas ferramentas para aprendizagem significativa. Para ele o professor deve deixar de ser um simples transmissor do conhecimento e se converte em um guia que orienta os alunos sobre o hábito de investigação constante, e assim adquirirão a capacidade de saber onde consultar uma solução adequada para uma problemática que se faça presente. Diante do exposto faz se necessário o estudo e a familiarização dos profissionais da educação com as ferramentas tecnológicas, não sendo meros espectadores e executores de tarefas, mas sim como peça participativa do processo, e tenha a consciência que a aula continua sendo dele, e que o computador veio para auxiliar, como um giz (quadro negro) diferente.
O problema está em como estimular os jovens a buscar novas formas de pensar, de procurar e de selecionar informações, de construir seu jeito próprio de trabalhar com o conhecimento e de reconstruí-lo continuamente, atribuindo-­lhe novos significados, ditados por seus interesses e necessidade. Como despertar o prazer e as habilidades da escrita, a curiosidade para buscar dados, trocar informações, atiçar o desejo de enriquecer seu diálogo com o conhecimento sobre outras culturas e pessoas, de construir peças gráficas, de visitar museus, de olhar o mundo além das paredes de sua escola, de seu bairro ou de seu país... (ALMEIDA, 1998).
Quando se fala em informática na educação, é preciso considerar a proposta pedagógica da escola. Todas as pessoas envolvidas no processo educacional precisam debater e definir como será a utilização da informática na escola e qual seu objetivo, considerando os interesses e as exigências da comunidade e da sociedade. Assim, para incorporar a tecnologia no contexto escolar, é necessário: Verificar quais são os pontos de vista dos docentes e dos funcionários em relação aos impactos das tecnologias na educação. •Discutir com os alunos quais são os impactos que as tecnologias provocam em suas vidas cotidianas e como eles se dão com os diversos instrumentos tecnológicos.
• Integrar os recursos tecnológicos de forma significativa com o cotidiano educacional.
• Envolver as famílias e os demais segmentos da comunidade escolar nos processos de discussão e implementação das novas tecnologias no cotidiano escolar. É possível classificar a utilização do computador na educação de duas formas, considerando a proposta pedagógica da escola:
• Por disciplina: nessa modalidade, os professores utilizam os computadores como reforço, complementação ou sensibilização para os conteúdos abordados em sala de aula, em sua disciplina específica, de forma isolada.
• Projetos educacionais: nesse enfoque, a utilização da informática acontece de forma integrada entre as várias disciplinas no desenvolvimento de propostas de projetos. O modo de utilização do ambiente de informática também é uma questão a ser discutida. A problemática levantada é: o professor precisa cumprir uma grade horária mínima no ambiente de informática ou deve utilizá-­lo quando necessitar e tiver algum interesse? Com base nesse questionamento, a utilização dos ambientes de informática pode ser classificada de duas maneiras:
• Sistematizada: quando os horários são definidos previamente, durante o planejamento das aulas. O coordenador designa o momento, no ambiente de informática, para cada professor, que pode ser semanal ou quinzenal, por exemplo. Essa modalidade é recomendada quando a escola está iniciando seu processo de implantação de informática na educação, sendo uma forma de ajudar o professor a vencer suas resistências e seus medos em relação à utilização do computador. • Não ­sistematizada: o uso do ambiente de informática é livre e depende do interesse e da necessidade do professor, que agenda seu horário. Essa forma de utilização do ambiente de informática é indicada quando a escola possui professores em estágio avançado de integração tecnológica. Porém, na prática, essa modalidade tende a deixar o ambiente de informática ocioso pela pouca utilização dos professores. O desenvolvimento de um plano de aula com tecnologia requer maior pesquisa, versabilidade, criatividade e tempo do professor, fatores que têm motivado a ausência dos professores nos ambientes de informática.

INFORMÁTICA EDUCATIVA. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2013. Disponível em: . Acesso em: 7 out. 2013.
MORAN, José Manuel. A integração das tecnologias na educação. Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/integracao.htm, acessado em 10 de outubro de 2013.
POZO, J.I. A sociedade da aprendizagem e o desafio de converter informação em conhecimento. In: Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC: guia do cursista / Maria Umbelina Caiafa Salgado, Ana Lúcia Amaral. – Brasília; Ministério da Educação, Secretária de Educação à Distância; 2008. Cap. 1, p. 29.
ANDRADE, A. P. R. O Uso das Tecnologias na Educação: Computador e Internet. Brasilia, 2011. ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de; ALMEIDA, Fernando José de. Uma zona de conflitos e muitos interesses. In: Salto para o futuro: TV e informática na educação. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, 1998. 112 p. Série de Estudos Educação a Distância. NASCIMENTO, J. K. F. Informática aplicada à educação. Brasília, Universidade de Brasília, 2007

Abordando as diferenças do computador como Máquina de Ensinar e como Ferramenta Educacional


O computador pode ser utilizado como maquina de ensinar, pode ser utilizados vídeos, tutoriais e manuais fazendo um passo a passo de tarefas pré estabelecidas e seguindo um roteiro específico. Em resumo é quando o computador já está instruído para realizar tal ensinamento.
            Já o computador com ferramenta educacional, é quando o professor utiliza do computador como intermediador do aprendizado e o computador é utilizado apenas como uma ferramenta a mais para ensinar.
            Acho que para podermos aproveitar o máximo do computador temos que saber para que utilizaremos da melhor forma possível dentro da sala de aula ou no processo de aprendizagem. Não é apenas ligar e dar orientações aos alunos, o importante é ter domínio do que vai fazer e recursos para que sejam ministradas aulas de qualidade e que não fiquem cansativas de serem ensinadas e aprendidas, sempre buscando novas soluções e novas possibilidades para levar conteúdo pra dentro da sala de aula.






REFERÊNCIAS:

SOUZA, R. B. “O uso das tecnologias na educação” disponível em <https://www.grupoa.com.br/revista-patio/artigo/5945/o-uso-das-tecnologias-na-educacao.aspx/> acessado em 13, novembro de 2013.